O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o pregão desta segunda-feira (21) com um avanço de 0,59%, atingindo os 134.166 pontos. Após uma sequência de perdas nas últimas semanas, o mercado brasileiro apresentou sinais de recuperação. O volume financeiro foi de R$ 12,7 bilhões, ficando abaixo da média histórica de R$ 15,9 bilhões, mas ainda assim positivo para o dia.
Destaques do Ibovespa
O desempenho do índice foi impulsionado por ações de empresas dos setores de mineração e saúde. As ações da Vale (VALE3) se destacaram com uma alta de 3,68%, refletindo a valorização de 2% do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China. No setor de saúde, as ações do Fleury (FLRY3) dispararam 15%, impulsionadas por rumores sobre uma possível fusão com a Rede D’Or.
Outros papéis que contribuíram para o bom desempenho do Ibovespa foram os da Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Itaú Unibanco (ITUB4), que também se beneficiaram de uma tendência positiva no mercado.
Dólar em queda
O dólar comercial também acompanhou a tendência de valorização do mercado acionário, encerrando o dia com uma queda de 0,41%, cotado a R$ 5,56. Esse movimento é reflexo da redução da força do dólar no mercado internacional, que tem impactado as expectativas dos investidores no Brasil.
Expectativas econômicas e impactos da política externa
O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, indicou uma redução na previsão de inflação para 2025, com o IPCA caindo de 5,17% para 5,10%. Apesar da diminuição nas projeções, o mercado ainda segue atento às tensões políticas internacionais, especialmente no que diz respeito às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O governo brasileiro, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem afirmado que avalia os cenários, mas não planeja medidas retaliatórias.
Perspectivas para o mercado de ações
Embora o Ibovespa tenha registrado uma recuperação parcial no dia 21 de julho, o mercado segue com um olhar cauteloso em relação aos desdobramentos políticos e econômicos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. As tensões comerciais com os Estados Unidos podem continuar a gerar volatilidade no curto prazo, mas o bom desempenho de setores como mineração e saúde ajuda a manter o otimismo entre os investidores.
O cenário, portanto, é de uma recuperação gradual, mas com desafios a serem enfrentados nos próximos meses, principalmente em relação à inflação e à relação comercial com países estrangeiros.