O aumento do salário mínimo no Brasil é um acontecimento que afeta inúmeras esferas econômicas e sociais. A partir de janeiro de 2025, o salário mínimo nacional passa a ser de R$ 1.518, após decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este reajuste representa um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412, correspondente a um incremento de 7,5%.
O salário mínimo é essencial para fixar o piso de remuneração que um trabalhador pode receber no país. Ele também serve como base para a remuneração de diversos benefícios previdenciários, assistenciais e trabalhistas. Quando este valor é alterado, uma série de ajustes são necessários, tanto no setor público quanto no privado, afetando o cálculo de despesas governamentais e o bolso dos cidadãos.
Como funciona o reajuste do salário mínimo?
A fórmula de reajuste do salário mínimo foi alterada, mas continua garantindo aumento real, ou seja, acima da inflação. O novo cálculo relaciona o ganho real ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, limitando o aumento entre 0,6% e 2,5% ao ano. Essa política foi implementada no primeiro mandato do presidente Lula, após pressão de centrais sindicais, e transformada em lei em 2011.
Qual é o impacto nos benefícios do INSS?
Com o novo valor do salário mínimo, aposentadorias, pensões e auxílios do INSS baseados no piso nacional serão reajustados para R$ 1.518 a partir de janeiro de 2025. Esses reajustes afetam diretamente os beneficiários que recebem valores equivalentes ao salário mínimo, os quais também verão alterações em suas contribuições e benefícios adicionais.
Outro impacto notável é sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que também será reajustado para o mesmo valor. O BPC é destinado a idosos e pessoas com deficiência que atendem a certos critérios de renda. O reajuste no salário mínimo implica uma mudança nos limites de renda elegíveis para o benefício, influenciando considerações de renda per capita e possibilidades de cadastramento no CadÚnico.

Questões jurídicas e trabalhistas afetadas pelo novo mínimo
O aumento do salário mínimo também modifica o limite para ações nos Juizados Especiais Federais (JEFs), que agora contemplam discussões judiciais de até R$ 91.080, considerando o novo piso. Similarmente, no Juizado Especial Cível, o limite para ações é ajustado para refletir o aumento no salário mínimo, impactando processos legais simplificados.
- Abono do PIS/Pasep: Os novos critérios de elegibilidade incluem um teto de até dois salários mínimos do ano-base, agora ajustado para 2025, permitindo que trabalhadores qualificados recebam até R$ 2.640.
- Seguro-desemprego: O reajuste do salário mínimo redefinirá o valor mínimo pago para o seguro-desemprego, de acordo com a média salarial dos últimos três meses de trabalho do beneficiário.
- Contribuição do MEI: Os microempreendedores individuais terão a contribuição para o INSS aumentada para R$ 75,90, mantendo a porcentagem de 5% sobre o novo salário mínimo.
Em essência, o ajustamento do salário mínimo para 2025 carrega vastos efeitos em níveis fiscais, sociais e econômicos, refletindo nas políticas do governo e nas condições de vida dos brasileiros. Com suas ramificações em benefícios sociais, processos judiciais e contribuições fiscais, as mudanças demandam atenção e preparação de todos os envolvidos.