Golpes por redes sociais e marketplaces digitais tornaram-se parte da rotina de quem compra e vende pela internet. Criminosos exploram a pressa, a confiança em marcas conhecidas e a busca por preços baixos para montar esquemas com perfis falsos, anúncios enganosos, lojas inexistentes e sorteios fraudulentos.
Quais são os golpes mais comuns em redes sociais?
Entre os golpes mais comuns estão os sorteios falsos, as lojas virtuais inexistentes, os perfis clonados e as ofertas enganosas em marketplaces. Sorteios falsos em prometem prêmios de alto valor em troca de curtidas, compartilhamentos e cadastros em links suspeitos, visando capturar dados, clonar contas ou cobrar “taxas” para liberar um prêmio que não existe.
Lojas e perfis falsos usam fotos atraentes, logotipos semelhantes aos de marcas famosas e preços muito abaixo da média para convencer as vítimas. Em marketplaces, perfis recém-criados podem se passar por vendedores confiáveis com fotos roubadas, descrições detalhadas e promessas de envio rápido, mas após o pagamento o produto não é entregue ou é substituído por um item de baixo valor.

Como os criminosos utilizam perfis clonados e mensagens privadas?
Um truque frequente é o uso de perfis clonados de pessoas conhecidas ou de empresas reconhecidas para dar aparência de legitimidade às ofertas. Com a conta falsa, o criminoso oferece produtos, pede depósitos via Pix, divulga promoções-relâmpago e tenta migrar rapidamente a conversa para aplicativos de mensagem, dificultando o rastreio.
Em muitos casos, o fraudador envia mensagens privadas afirmando que a oferta vale apenas para “clientes selecionados”, criando sensação de exclusividade para apressar a decisão da vítima. Essa estratégia costuma vir acompanhada de prazos curtos, contagem regressiva e insistência em pagamentos sem intermediação, explorando o medo de perder a oportunidade.
Como reconhecer sinais de golpe em compras online?
Alguns sinais ajudam a identificar golpes nas redes sociais antes que o prejuízo aconteça, começando pela oferta muito abaixo do preço de mercado, especialmente para produtos novos e de marcas conhecidas. Promoções com vantagens exageradas, como alto desconto somado a frete internacional gratuito, também costumam ser forte indício de fraude.
A falta de avaliações confiáveis e o histórico fraco do perfil são outros alertas importantes, tanto em redes sociais quanto em marketplaces. Vale observar nota do vendedor, volume de vendas, comentários detalhados, tempo de atuação e, em perfis sociais, a existência de interações reais em vez de comentários genéricos ou repetidos.

Quais cuidados tomar antes de comprar ou vender pela internet?
Antes de fechar qualquer negócio, é fundamental verificar se a oferta é legítima e se há camadas de proteção ao consumidor. A forma de pagamento exigida costuma ser decisiva, pois golpistas priorizam Pix, transferência bancária ou boleto sem intermediação, sempre com muita pressa, evitando cartões de crédito ou sistemas de pagamento do próprio marketplace.
Alguns cuidados práticos ajudam a reduzir os riscos de cair em fraudes nas compras e vendas online. A lista a seguir reúne ações simples, mas eficazes, que podem ser adotadas por qualquer usuário para avaliar melhor ofertas e vendedores:
- Pesquisar o vendedor ou a loja em sites de reclamação, redes sociais e fóruns especializados;
- Verificar se o perfil da empresa possui selo de verificação ou está listado no site oficial da marca;
- Analisar o tempo de existência da conta e a qualidade das interações com seguidores e compradores;
- Comparar o preço com outras lojas confiáveis, evitando ofertas muito discrepantes da média;
- Priorizar meios de pagamento com proteção (cartão, intermediadores reconhecidos, sistema do marketplace);
- Confirmar o crédito diretamente no aplicativo oficial do banco antes de entregar o produto em vendas;
- Evitar clicar em links recebidos por mensagem privada, mesmo que pareçam de bancos ou carteiras digitais.
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Como denunciar golpes online?
Ao identificar uma fraude ou suspeita consistente, o primeiro passo é reunir provas, como capturas de tela de anúncios, conversas, comprovantes de pagamento e links usados pelo golpista. Com esse material, é possível registrar reclamação na própria plataforma, já que redes sociais e marketplaces possuem canais específicos para denunciar perfis, anúncios e publicações suspeitas.
Também é recomendável registrar boletim de ocorrência, presencialmente ou em delegacias eletrônicas, e acionar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, em caso de prejuízo financeiro. Se houver vazamento de dados, senha ou clonagem de contas, é essencial alterar imediatamente as credenciais, ativar a autenticação em duas etapas e monitorar movimentações suspeitas em e-mails, bancos e serviços vinculados.













