Na próxima semana, o cenário político brasileiro será palco de uma conferência que promete reunir grandes nomes da extrema-direita da América Latina. O presidente da Argentina, Javier Milei, marcou presença no CPAC Brasil, um encontro conservador que acontecerá em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Este evento, marcado para os dias 6 e 7 de julho, tem gerado diversas expectativas e controvérsias.
A decisão de Milei de participar deste encontro vem após sua recusa em participar da cúpula do Mercosul na cidade de Assunção, Paraguai. O presidente argentino também chamou atenção recentemente por suas declarações contundentes contra o presidente brasileiro, Lula, evitando assim um possível confronto direto em território paraguaio.
Por que Javier Milei escolheu o CPAC Brasil ao invés do Mercosul?
Importado dos Estados Unidos, o CPAC (Conservative Political Action Conference) é uma vitrine para as ideologias conservadoras e libertárias. Organizado pelo Instituto Conservador Liberal (ICL), sob a presidência do deputado Eduardo Bolsonaro no Brasil, esse evento se tornou um ponto de encontro fundamental para líderes e simpatizantes da direita dura.
Quem mais estará presente no CPAC Brasil?
A conferência contará com a presença de figuras políticas de alto perfil. Além de Milei, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, e outros políticos influentes como os deputados Ricardo Salles e Caroline de Toni, e o senador Magno Malta, confirmaram participação. Isso sem mencionar líderes de direita de outros países da América Latina, como o chileno José Antônio Kast.
Controvérsias e apoios em torno do CPAC Brasil
Apesar de ser um evento significativo para a agenda conservadora, o CPAC Brasil não está livre de controvérsias. Uma das empresas parceiras, a Tuboaços da Amazônia, está sob investigação por supostamente apoiar movimentos antidemocráticos. Além disso, Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja MT, também está sendo investigado por financiar atos que culminaram na invasão aos Três Poderes em Brasília.
A realização de um evento dessa magnitude, no contexto político atual, realça as tensões e desafios enfrentados pela democracia na região. A escolha de Milei de participar no CPAC, evitando a cúpula do Mercosul, é indicativa das suas prioridades políticas e da crescente polarização no espaço político latino-americano. Conforme as datas se aproximam, os olhos da América Latina e do mundo estarão voltados para Balneário Camboriú, aguardando os desdobramentos deste encontro controverso e altamente antecipado.
