No cenário atual do mercado financeiro, a gestão de crédito privado enfrenta desafios significativos, especialmente com a redução dos spreads. Neste contexto, a Itaú Asset, por meio de sua superintendente de crédito privado, Fayga Czerniakowski Delbem, destaca a importância de adotar novas estratégias de alocação e instrumentos financeiros para garantir retornos satisfatórios aos investidores.
Entre as ferramentas inovadoras mencionadas estão os contratos derivativos e a criação de novos veículos financeiros. Esses mecanismos são essenciais para lidar com a volatilidade dos spreads e o ambiente macroeconômico de 2025, que promete ser desafiador. Além disso, a diversificação dos fundos de infraestrutura é possível graças a avanços regulatórios, oferecendo aos gestores um grau adicional de flexibilidade no gerenciamento de suas carteiras.
Quais são as Novas Ferramentas para Gestão de Crédito?
Um dos principais destaques para aprimorar o retorno nas carteiras de crédito privado é a introdução de contratos derivativos. Esses instrumentos permitem aos gestores explorar melhor as variações nos horários de mercado, proporcionando assim um campo mais vasto de possibilidades de ganhos. A função dos derivativos no atual contexto econômico, com spread de risco mais dispersos, é vital para a capitalização dessas oportunidades e redução dos riscos associados.
Outro ponto relevante mencionado é a aceitação de debêntures como garantias nas operações que envolvem a bolsa como contraparte central. Esta mudança representa uma inovação crucial na gestão de recursos, já que amplia a capacidade dos gestores de utilizar estratégias de proteção, oferecendo maior segurança e flexibilidade.
Como a Valorização e o Prêmio de Risco Influenciam o Crédito?
O ano de 2024 foi marcado pela estabilização dos prêmios de risco, que, após uma valorização generalizada, situaram-se em Selic mais 1,70% a 1,80%. Essa realidade em transformação requer uma análise mais detalhada dos spreads entre diferentes empresas e riscos de crédito em 2025. A diversificação e a escolha de empresas com potencial de valorização tornam-se ainda mais cruciais neste contexto, proporcionando aos investidores a oportunidade de capturar ganhos em um ambiente de spreads dispersos.

Quais Setores se Mostram Resilientes ou Desafiadores?
O crédito privado tem conquistado um espaço fixo nas carteiras de investidores, sobretudo pela sua baixa correlação com outras aplicações. No entanto, é fundamental reconhecer a volatilidade que acompanha esses investimentos. Em termos setoriais, evitar indústrias com margens apertadas, afetadas diretamente pela renda flutuante dos trabalhadores, como o varejo, é uma decisão estratégica sensata.
O setor de saúde privada, que tradicionalmente é considerado robusto, enfrenta novos desafios relacionados ao fluxo de caixa e liquidez devido a atrasos nos repasses das seguradoras. Esse cenário demonstra como segmentos que antes eram previsíveis podem rapidamente se tornar desafiadores, exigindo uma análise contínua e criteriosa.
O que Esperar do Mercado de Crédito Privado em 2025?
Conforme analisado por gestores de crédito estruturado, 2024 foi um ano crítico para o crédito privado, sendo 2025 uma continuação desse fluxo positivo, com fãs sendo direcionados para fundos de crédito. A colaboração entre gestores, buscando a implementação de estratégias macroeconômicas e a integração de outras classes de ativos, como os fundos multimercados, promete fortalecer ainda mais este segmento.
Essas parcerias e a adaptação contínua às mudanças no mercado são essenciais para o sucesso na gestão de crédito privado. As perspectivas para 2025 indicam um ambiente desafiador, mas repleto de oportunidades para aqueles que podem navegar com destreza pelas águas turbulentas do mercado financeiro.