Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lançaram uma greve de âmbito nacional no último dia 10 de julho. A falta de consenso sobre aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho motivou a paralisação, que afeta desde trabalhadores das agências físicas até aqueles em regime de home office.
Durante o período de greve, que começou a ganhar corpo efetivamente a partir de 16 de julho, aproximadamente cem unidades do INSS, de um total de 1.306, tiveram suas atividades completamente ou parcialmente suspensas. Isso afeta diretamente serviços essenciais como a concessão e a revisão de benefícios e outros atendimentos, com exceção das perícias médicas indispensáveis.

Imagem: Internet.
Por que os Servidores do INSS Declararam Greve?
A decisão de parar surge como um manifestação dos trabalhadores que pedem um reajuste salarial de 33% até 2026, além de melhor reconhecimento profissional e progressão na carreira de técnico do seguro social. Em contraponto, o governo propõe um reajuste que, mesmo cumulativo, é considerado insuficiente pelas lideranças sindicais.
Quais são os principais impactos da greve?
Com a greve, verifica-se uma notória lentidão nos sistemas do INSS, somado ao já existente desafio do sucateamento da infraestrutura tecnológica. Segundo os sindicatos representativos, essas condições precárias contribuem para a demora no atendimento aos segurados, o que apenas piorou com a paralisação.
Além disso, a falta de pessoal – já que o número de servidores caiu de 25 mil em 2015 para cerca de 19 mil este ano – é outro agravante que desafia a administração do INSS, aumentando o volume de trabalho e o tempo de espera para a realização de procedimentos básicos.
Entenda a Proposta do Governo Frente à Greve
O governo federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, vem tentando negociar com as lideranças sindicais há algum tempo. A última oferta, feita em uma reunião no dia 16 de julho, inclui um plano de carreira redesenhado e promessas de redução nas disparidades salariais atuais. Este incremento resultaria em um aumento acumulado de até 28,7% nos próximos quatro anos.
- O governo se comprometeu a discutir regularmente sobre a reestruturação das carreiras.
- Respectivas gratificações seriam ajustadas para refletir melhor as responsabilidades dos cargos.
Entretanto, representantes dos trabalhadores sentem que a proposta ainda está aquém das necessidades e expectativas. Por isso, as deliberações para o término da greve ainda não foram concluídas, mantendo o estado de paralisação e as negociações em aberto.
O INSS assegura que, apesar da greve, os serviços essenciais continuam sendo prestados através da plataforma online “Meu INSS” e do atendimento telefônico, tentando minimizar impactos a população que depende dos serviços do instituto. No entanto, a solução definitiva ainda depende de um acordo satisfatório entre as partes envoldivas.
















