A partir de agora, brasileiros terão uma nova ferramenta para lidar com suas dívidas de cartão de crédito, graças às novas regras implementadas pelo Banco Central. Estas mudanças permitem que aqueles que estão endividados possam obter contrapropostas tanto do banco onde a dívida original foi contraída, quanto de bancos concorrentes. O foco é dar ao cidadão mais opções para negociar seus débitos e, consequentemente, mais controle sobre sua situação financeira.
Essa atitude inovadora por parte do BC permite uma abordagem mais atraente na gestão de dívidas – a flexibilidade para escolher a melhor proposta. Por exemplo, mesmo após receber uma alternativa para refinanciar uma dívida, o consumidor ainda terá a oportunidade de verificar se o banco original está disposto a apresentar uma contraproposta mais vantajosa.
Os novos juros de dívidas do cartão de crédito vão funcionar como?

Outra mudança significativa diz respeito aos juros cobrados sobre as dívidas. A partir de janeiro, segundo determinação do BC e do CMN, os juros não poderão ultrapassar o valor original da dívida. Isso deve impedir que as dívidas aumentem exponencialmente devido a juros altos, tornando a situação insustentável para o devedor.
Como funciona a portabilidade de dívidas?
As novas regras também estabelecem que os dados referentes à portabilidade das dívidas e aos demais instrumentos de pagamento pós-pagos devem estar devidamente detalhados no Demonstrativo Descritivo do Crédito. Isso inclui informações sobre cada operação de crédito contratada. A ideia é que haja mais transparência nas negociações e que o cidadão tenha pleno conhecimento de suas obrigações financeiras.
No entanto, é importante salientar que a portabilidade de saldo devedor, mais precisamente de fatura de cartão de crédito, não se aplica aos casos que preveem pagamento da fatura por consignação em folha de pagamento. ou seja, a mudança não afeta aqueles que tiveram descontos automáticos em seu salário para cobrir a dívida do cartão.
Com essas novas regras, o BC acredita que será possível proporcionar uma experiência financeira mais adequada e justa para os brasileiros, especialmente aqueles que lutam para regularizar suas dívidas e voltar ao azul.