O câncer de bexiga, uma das neoplasias mais prevalentes no sexo masculino, que representa uma considerável porcentagem dos diagnósticos de câncer anuais. Dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIH/SUS) apontam que mais de 110 mil casos de neoplasia maligna da bexiga foram registrados desde 2019, destacando a urgência de aumentar a conscientização sobre a gravidade dessa doença.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê para este ano a ocorrência de 11.370 novos casos, com uma incidência maior em homens. Alarmantemente, entre 2019 e 2022, mais de 19 mil pessoas no Brasil perderam a vida para essa enfermidade, reforçando a importância da detecção precoce.
Qual é o principal fator de risco para o câncer de bexiga?
O principal vilão na geração deste tipo de câncer é, sem dúvida, o tabagismo, responsável por mais da metade dos casos diagnosticados. Eliminar o hábito de fumar pode drasticamente reduzir as chances de desenvolver o tumor.
Quais são os sintomas do Câncer de Bexiga?
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que, embora muitas vezes possa ser assintomático no início, o câncer de bexiga geralmente se manifesta através de sangue na urina, aumento da frequência urinária, ardência ao urinar, entre outros sintomas.
Hematúria (Sangue na Urina):
- Sinal mais comum: A presença de sangue na urina, mesmo que em pequena quantidade, pode ser um forte indicativo de câncer de bexiga. O sangue pode ser visível a olho nu ou apenas detectável em exames de urina.
- Tipos de hematúria:
- Hematúria macroscópica: Sangue visível na urina, podendo tingi-la de vermelho, rosa ou marrom.
- Hematúria microscópica: Sangue não visível a olho nu, detectável apenas em exames de urina.
Alterações nos Hábitos Urinários:
- Micção frequente: Necessidade de urinar com mais frequência do que o habitual, mesmo com bexiga pouco cheia.
- Urgência Urinária: Sensação súbita e incontrolável de necessidade de urinar, que pode levar à incontinência urinária.
- Disúria: Dificuldade ou dor ao urinar, podendo haver queimação, ardência ou sensação de corte.
- Noctúria: Necessidade frequente de urinar durante a noite, interrompendo o sono.
Dor Pélvica ou Abdominal:
- Dor na região pélvica ou abdominal baixa: Pode ser constante ou intermitente, variando em intensidade
- Dor irradiada para as costas ou coxas: Em alguns casos, a dor pode irradiar para as costas, região lombar ou coxas.
Outros Sintomas:
- Presença de massa na bexiga: Em casos avançados, pode ser possível sentir uma massa palpável na região pélvica durante o toque retal.
- Perda de peso sem motivo aparente: A perda de peso sem mudanças na dieta ou rotina de exercícios pode ser um sinal de câncer avançado.
- Fadiga e cansaço excessivo: O câncer pode causar fadiga e cansaço persistentes, mesmo com descanso adequado.
- Anemia: A perda de sangue na urina pode levar à anemia, causando palidez, fraqueza e falta de ar.
Lembre-se:
- A presença de um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que você tem câncer de bexiga. Outros problemas de saúde também podem causar esses sintomas.
- Apenas um médico pode diagnosticar o câncer de bexiga com precisão.
- A consulta médica é fundamental ao notar qualquer um dos sintomas mencionados.
Como é feita a prevenção e quais são os tratamentos eficientes?
Medidas preventivas incluem a cessação do tabagismo e a adoção de um estilo de vida saudável, ricos em atividade física e uma dieta balanceada. No que diz respeito ao tratamento, este varia de acordo com o estágio do câncer, podendo incluir procedimentos cirúrgicos, quimioterapia e radioterapia.
Existem várias opções de cirurgia dependendo do progresso da doença, desde a ressecção transuretral, que remove o tumor através da uretra, até a cistectomia radical, que envolve a remoção completa da bexiga e a subsequente criação de um novo órgão para armazenar urina.
- Fatores de risco além do tabagismo incluem: exposição prolongada a certos químicos e a determinados medicamentos e suplementos dietéticos.
- Novas terapias que visam especificamente as células cancerígenas têm surgido no mercado, beneficiando o tratamento e a recuperação dos pacientes.
Pressionar por políticas públicas eficazes e educar a população sobre os riscos e sintomas deste câncer são passos vitais para reduzir a incidência e mortalidade por essa doença brutal. A colaboração entre instituições de saúde, governo e organizações não-governamentais é fundamental para garantir que todos possam ter acesso a diagnósticos e tratamentos adequados.
