Cientistas da ETH Zurich, na Suíça, anunciaram um avanço significativo no campo da neurotecnologia, destacando um novo tipo de eletrodo que promete revolucionar a maneira como monitoramos a atividade cerebral. A nova tecnologia, comparada a outras utilizadas por empresas como a Neuralink, de Elon Musk, permite obtenção de gravações mais detalhadas da atividade cerebral. Mehmet Fatih Yanik, professor de neurotecnologia da universidade, informou que estes eletrodos são mais finos e causam menos danos ao tecido cerebral durante a inserção.
A diferença crucial entre os novos eletrodos da ETH Zurich e os usados pela Neuralink reside na capacidade de obtenção de dados precisos e a redução de danos ao tecido cerebral. “Nossos eletrodos tão finos são capazes de ser introduzidos nos longos processos das células nervosas no cérebro sem causar nenhum dano detectável”, explicou Yanik em um comunicado à imprensa. Esta inovação pode abrir caminho para novos tratamentos neurológicos e psiquiátricos no futuro.
Como os Novos Eletrodos da ETH Zurich Funcionam?
Os pesquisadores testaram os novos eletrodos em cérebros de ratos, utilizando quatro feixes compostos por 64 fibras de eletrodos cada. Segundo Yanik, o número de fibras pode ser aumentado para centenas, aumentando ainda mais a precisão das medições. Comparativamente, o chip cerebral N1 da Neuralink, que registra a atividade neural através de 1.024 eletrodos em 64 feixes, ainda apresenta desafios técnicos significativos, como apontado em publicações recentes.
Quais São os Próximos Passos para os Eletrodos de ETH Zurich?
Em parceria com a University College London, a ETH Zurich planeja testar os novos eletrodos em cérebros humanos, especificamente em pacientes que sofrem de epilepsia e não respondem a terapias convencionais. Estes testes têm como objetivo determinar a eficácia dos eletrodos no monitoramento e potencial estimulação de células cerebrais humanas. Este avanço pode ser particularmente útil no desenvolvimento de tratamentos para condições como a depressão e a esquizofrenia.
Quais São os Benefícios Potenciais dos Novos Eletrodos?
Os novos eletrodos não apenas prometem mais informações detalhadas e precisas sobre a atividade cerebral, mas também minimizam os riscos de danos ao tecido cerebral. Esta tecnologia pode facilitar o desenvolvimento de terapias mais eficazes para distúrbios neurológicos e psiquiátricos. “Isso pode ajudar no desenvolvimento de terapias mais eficazes para pessoas com distúrbios neurológicos e psiquiátricos”, disse Yanik.
Os Novos Eletrodos de ETH Zurich São Melhores do que os da Neuralink?
Enquanto a Neuralink, até o momento, implantou chips cerebrais em dois pacientes, enfrentou desafios técnicos, como fios que se retraíram no cérebro dos usuários. O novo dispositivo da ETH Zurich, com seu design ultrafino, promete uma implementação menos invasiva e mais sustentável a longo prazo. No entanto, ainda é cedo para afirmar categoricamente a superioridade dos eletrodos da ETH Zurich sobre os da Neuralink, pois testes em humanos ainda estão em fases iniciais.
À medida que a ETH Zurich avança em seus testes e pesquisas, a competição com empresas como a Neuralink pode resultar em inovações ainda mais rápidas e benéficas para a neurotecnologia e tratamento de doenças neurológicas. Fiquem atentos às próximas atualizações sobre este emocionante campo da ciência.
