No início de agosto de 2024, o Brasil começou a registrar um aumento preocupante nos casos de Influenza B, um dos vírus causadores da gripe. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 25 de outubro, este vírus passou a representar 12% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Além disso, o Influenza B esteve relacionado a 13% das mortes decorrentes da doença em todo o país.
A circulação do vírus Influenza B foi mais intensa nas regiões Sudeste e Sul, com a maior detecção ocorrendo em outubro. Embora tenha existido um crescimento considerável nos últimos meses, exames em laboratórios particulares indicaram uma tendência de redução na presença do vírus na população. Isso reflete a característica sazonal da gripe, variando de acordo com o tempo e a localização.
Quais são os sintomas da influenza B?
A influenza B, assim como outros tipos de gripe, causa uma série de sintomas que podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente se manifestam de forma abrupta. Os sintomas mais comuns da gripe B incluem:
- Febre alta: geralmente acima de 38°C.
- Tosse seca e persistente.
- Dor de garganta.
- Coriza.
- Congestão nasal.
- Dores no corpo e musculares.
- Dor de cabeça.
- Fadiga e mal-estar geral.
- Calafrios.
- Perda de apetite.
- Irritação nos olhos.
- Vômito.
- Dores articulares.
- Diarreia (principalmente em crianças).
- Grupos de risco, como crianças, idosos, gestantes e imunossuprimidos, são geralmente mais vulneráveis a complicações.
- Dada a semelhança com os sintomas da Covid-19, o diagnóstico preciso, realizado por meio de testes moleculares ou de antígeno, é crucial para diferenciar as doenças e orientar o correto tratamento.
Quando procurar um médico?
Se você apresentar os sintomas da gripe B, é recomendado procurar um médico, principalmente se você fizer parte de um grupo de risco, como idosos, crianças pequenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas ou com sistema imunológico debilitado.
Como é feito o tratamento e a prevenção da influenza B?
O tratamento da Influenza B geralmente envolve repouso e o uso de analgésicos e antitérmicos para controlar os sintomas. Para pacientes em grupos de risco, ou quando há possibilidade de evolução para quadros graves, a administração precoce de antiviral dentro das primeiras 48 horas após o início dos sintomas é fundamental.
A prevenção, no entanto, é sempre a melhor abordagem. A vacina contra a gripe, que é anualmente atualizada para incluir as cepas circulantes, como o Influenza B, está disponível tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada. A vacinação é especialmente recomendada para grupos de risco, oferecendo a melhor proteção contra a infecção e suas complicações.
Quais são as implicações do aumento da influenza B?
O aumento recente nos casos de Influenza B no Brasil traz à tona a importância das medidas de saúde pública e de conscientização em relação à gripe. As vacinas desempenham um papel vital na redução da transmissão do vírus, protegendo não só os indivíduos vacinados, mas também a comunidade em geral, graças à imunidade de rebanho.
Além disso, medidas como a higiene das mãos e boas práticas respiratórias mantêm-se importantes para evitar a propagação do vírus, especialmente em locais com alta concentração de pessoas. A atenção dos serviços de saúde na identificação precoce de casos também é necessária para fornecer cuidados adequados e prevenir surtos de larga escala.
