O governo federal planeja movimentações significativas em postos estratégicos da Petrobras e da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A indicação de Bruno Moretti, atual secretário especial da Casa Civil, para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras sinaliza um reforço na articulação política da estatal. Já Pietro Mendes, atual presidente do conselho, é cotado para assumir a direção-geral da ANP, em um movimento que fortalece o papel do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nas decisões estratégicas do setor.
Bruno Moretti: um nome de confiança no Conselho da Petrobras
Bruno Moretti, que já integra o Conselho de Administração da Petrobras, é conhecido pela relação consolidada com a presidente da estatal, Magda Chambriand, e pelo forte alinhamento com o presidente Lula. Economista formado pela Universidade Federal Fluminense e doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília, Moretti acumula experiência em orçamento e políticas públicas.
Sua nomeação é vista como parte de uma estratégia do governo para ampliar sua influência em órgãos reguladores e reforçar a atuação da Petrobras como um braço estratégico do Estado. Caso confirmado, ele acumulará a presidência do conselho com suas funções na Casa Civil, sob a liderança de Rui Costa.
Pietro Mendes: transição para a liderança da ANP
A movimentação de Pietro Mendes para a direção-geral da ANP também é estratégica. Com experiência na Secretaria de Petróleo e Gás, Mendes terá um papel crucial na regulação do setor energético brasileiro. Sua nomeação já foi encaminhada para a assinatura de Lula e, posteriormente, seguirá para o Senado, onde será submetida à sabatina.
Essa troca reforça o papel do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que terá a missão de nomear um substituto para a Secretaria de Petróleo e Gás e consolidar sua influência em áreas-chave da política energética.
Ampliação do poder do governo na Petrobras e na ANP
A Petrobras, como principal estatal do setor energético, desempenha um papel estratégico para o governo, que detém a maioria no Conselho de Administração. As mudanças indicam um alinhamento entre a gestão da empresa e as políticas públicas do governo federal, além de ampliar a presença de aliados políticos em cargos de destaque, como a ANP.
Essas movimentações destacam o fortalecimento do controle estatal no setor energético, com foco em garantir estabilidade e alinhamento às diretrizes do governo.
