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China muda de marcha: real estate perde força e o mundo recalcula risco em 2026

Painel BM&C analisa desaceleração estrutural chinesa, mudança no modelo de crescimento e impactos globais

Renata Nunes Por Renata Nunes
19/12/2025
Em PAINEL BM&C

Por mais de duas décadas, a China funcionou como o principal motor da economia global, sustentando demanda, puxando cadeias produtivas e influenciando fluxos de capital. No Painel BM&C, apresentado por Paula Moraes, os economistas Roberto Dumas e Carlos Honorato avaliaram que esse ciclo entrou em uma nova fase. O debate deixou de ser sobre crescimento acelerado e passou a girar em torno dos limites do modelo chinês e de como o mundo se adapta a essa mudança.

Para Roberto Dumas, a desaceleração é estrutural e vem da combinação de três fatores: demografia em queda, retorno decrescente do investimento e esgotamento do setor imobiliário como alavanca econômica.

“Demografia você já não tem mais na China”, afirmou, ao explicar que o país já não consegue repetir o mesmo padrão de crescimento baseado em investimento pesado e expansão imobiliária.

Real estate perde protagonismo na China

O real estate, que concentrou grande parte da poupança das famílias chinesas, perdeu protagonismo após o endurecimento regulatório iniciado em 2020. Segundo Dumas, a mensagem do governo foi clara:

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“Ativo imobiliário não é para especular, é para morar”, avalia Dumas.

A consequência foi a queda nos preços dos imóveis e no volume construído, atingindo um setor que respondia por parcela relevante dos investimentos do país.

Setores que ganham força na China

Com o enfraquecimento do mercado imobiliário, a China busca compensação em outro vetor: a indústria. O foco recai sobre carros elétricos, baterias e células fotovoltaicas, setores nos quais o país tenta ganhar escala global para sustentar crescimento. Esse movimento ajuda a explicar o forte superávit externo e a pressão competitiva sobre outras economias, da Ásia à Europa e à América Latina.

Dumas destacou que essa transição tem um componente político central. A China precisa crescer para preservar estabilidade social.

“Economia, política e sociedade é uma coisa só”, afirmou.

Dumas lembra que a desaceleração mais intensa tende a gerar tensões internas. Por isso, mesmo com menor crescimento, Pequim deve evitar um ajuste abrupto e buscar alternativas para manter a atividade.

O papel do Ocidente

Carlos Honorato ponderou que o Ocidente observa a China com filtros limitados.

“A gente não sabe exatamente o que acontece ali dentro”, afirmou, lembrando que o país não opera sob um capitalismo tradicional.

Para ele, subestimar a capacidade de adaptação chinesa pode ser um erro, já que o modelo combina forte presença do Estado com elevada capacidade de intervenção econômica.

Ainda assim, Honorato reconheceu que o mundo precisa se adaptar a uma China que puxa menos demanda. O fim do ciclo de hiper-globalização, a reorganização geopolítica e o aumento do prêmio de risco tornam o cenário mais complexo. O resultado é um ambiente global mais fragmentado, com maior volatilidade e decisões de investimento mais seletivas.

Foco deve ser em ativos americanos e ouro

No debate sobre fluxos de capital, Dumas avaliou que, no curto prazo, o dinheiro tende a se concentrar em ativos americanos e ouro, enquanto a Europa perde atratividade e a China permanece limitada pela conta de capital fechada. Parte dos recursos pode buscar mercados emergentes de forma seletiva, mas com maior exigência de retorno e menor tolerância a risco.

A síntese do painel é que a China não “quebra”, mas cresce menos e de forma diferente. Essa mudança altera preços relativos, reorganiza cadeias produtivas e força investidores e países a recalcular estratégias para 2026. O impacto não é uniforme: alguns setores e regiões ganham, outros perdem, e a leitura fina do novo modelo chinês passa a ser decisiva para navegar o próximo ciclo global.

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