No programa Manifeste-se, apresentado por Luiz Tastaldi, o especialista em nutrição e fundador da Puríssima, Flávio Passos, falou sobre saúde, longevidade, suplementação personalizada e o impacto do estilo de vida na qualidade de vida.
Passos contou que sua trajetória na área começou por necessidade: na adolescência, era obeso, tinha asma crônica, dificuldade de concentração e infecções frequentes. Um episódio de forte dor abdominal o levou a buscar respostas.
Segundo ele, um livro sobre nutrição natural e a máxima atribuída a Hipócrates, “faça do seu alimento o seu principal remédio”, foram o ponto de partida para mudanças na alimentação, no comportamento e na forma de enxergar o próprio corpo.
Para o fundador da Puríssima, saúde não é tendência, mas um ato de gratidão à vida. Ele defende que o cuidado com o corpo vai além da dieta:
“A gente não é só o que come. A gente é o que consome: comida, palavras, pessoas, conteúdos. Tudo isso molda o que a gente sente e pensa.”
O impacto das telas na longevidade: atenção, cognição e infância
Passos também criticou o excesso de telas e estímulos digitais, especialmente entre crianças e adolescentes, e relacionou isso à queda de atenção, piora cognitiva e empobrecimento das experiências da infância e da adolescência.
Na parte técnica, ele afirmou que a maioria das pessoas não atinge níveis ideais de nutrientes, mesmo quando tenta comer “bem”. Essa carência, segundo ele, enfraquece o sistema imunológico, acelera o envelhecimento e contribui para a compulsão alimentar:
“O corpo busca o que está faltando. Se a dieta é rica em calorias vazias e pobre em nutrientes, o apetite não cessa.”
É nesse contexto que surge a Puríssima, empresa de suplementação personalizada. O processo começa com uma avaliação clínica digital de cerca de 10 minutos. Um algoritmo organiza as informações e, em seguida, uma equipe médica e farmacêutica valida a fórmula. O resultado é uma bebida em pó com dezenas de nutrientes e extratos, preparada sob demanda.
Passos explicou que a inteligência artificial é usada como apoio na pesquisa e organização de dados, mas destacou que a base continua sendo o trabalho humano:
“A IA nos ajuda a cruzar informações e lapidar sinergias, mas quem define o que faz sentido é a equipe, com base em ciência e prática clínica.”
Ele também disse ver espaço para levar esse tipo de solução a populações de baixa renda, com fórmulas menos complexas, subsídio público e eventual inclusão de suplementação como parte de cestas básicas ou políticas de saúde.
Ao longo da entrevista, Tastaldi reforçou a ideia de “curadoria da vida”, escolher previamente quais caminhos, hábitos e referências vão orientar as decisões do dia a dia. Passos concordou e ampliou o conceito para alimentação, relações e consumo de informação.
No fim, o fundador da Puríssima resumiu sua motivação:
“Hoje meu desejo é ser cada vez mais útil. Não quero ‘chegar’ a algum lugar, quero continuar servindo e melhorando a qualidade de vida das pessoas.”













