No programa “Manifeste-se”, apresentado por Luiz Tastaldi, o entrevistado Alfredo Soares resumiu sua tese central em uma frase que atravessou toda a conversa.
“O melhor jeito não é ser o melhor no que a gente faz, mas ser único no que a gente faz”
Para ele, a base de diferenciação não está em acumular táticas, mas em construir um conceito, uma ideia-guia que organiza decisões, cultura e execução.
Ao discutir marketing e negócios, Tastaldi reforçou o contraste entre a corrida por “escassez” e a escolha de ser acessível.
“Enquanto o mundo todo tá tentando criar escassez, tá se fazendo difícil, eu encontrei no meu diferencial se tornar a pessoa mais acessível que tem”, afirmou.
Tastaldi e Alfredo Soares discutem o conceito antes de tática
Um dos pontos recorrentes foi a diferença entre táticas (ações pontuais) e visão estratégica (direção). O apresentador citou exemplos comuns, contratar agência, influencer, montar CRM, como movimentos que costumam vir antes da pergunta central: “quem você é”.
Na visão apresentada no programa, “sonhar por sonhar é só loucura”: é preciso checar contexto, fazer plano e só então partir para táticas.
“A visão estratégica já começa em você descobrir quem você é. O conceito, quando bem definido, norteia todos os processos e táticas”, disse.
A virada pessoal: dívida, depressão e recomeço
Alfredo também detalhou um trecho sensível de sua trajetória, ao relembrar um período em que acumulou dívidas e entrou em depressão.
“Eu fiquei menos R$ 300 mil ali”, relembrou.
Segundo o relato, a saída veio quando decidiu criar um projeto a partir de um domínio disponível na internet.
“Registrei… e ali eu falei: ‘Bom, agora eu não tenho mais desculpa’”, contou.
A partir daí, descreveu o início de uma operação comercial em que vendia e corria atrás da entrega, resumindo a lógica com uma frase: “você aprende tudo”.
Agenda cheia, mas com prioridade definida
Outro eixo da entrevista foi produtividade, não como “estar ocupado”, mas como capacidade de priorizar e mudar a agenda. Soares descreveu um sistema de compromissos por camadas (tiers) e defendeu que o problema não é ter agenda lotada; é não conseguir reorganizá-la quando surge algo de maior valor.
“Eu tenho a agenda cheia, mas tenho um mecanismo… para avaliar valor e prioridade”, explicou.
E completou com um ponto de cultura: quando o time entende o conceito, a organização ganha autonomia, inclusive na triagem do que passa na frente sem depender de aval a todo momento.
G4: metas, cultura e números exibidos como rotina
Ao mostrar bastidores do G4, Alfredo citou metas e indicadores que, segundo ele, balizam a operação. Entre eles, a ambição de alcançar 1 milhão de empregos gerados a partir do impacto do ecossistema, com uma marca parcial mencionada no programa de 700 mil.
Ele também apresentou uma projeção de faturamento anual, indicando que o “sétimo ano” seria de R$ 500 milhões, após uma sequência de números citada na conversa: 11, 22, 54, 120, 130, 205 e 317 (valores mencionados como marcos anuais no crescimento).
O entrevistado ainda afirmou que havia expectativa de R$ 20 milhões em vendas na semana do evento de aniversário do G4.
A cultura de execução aparece também nos rituais internos. O “último dia do mês” foi descrito como um momento que envolve áreas além de vendas, visto como “ritual da empresa”.
O que move hoje: paternidade como prioridade “inegociável”
Ao final, Alfredo Soares apontou que sua principal motivação atual está fora do crachá: ser pai.
“Hoje… o desafio de ser pai… é inegociável”, afirmou.
Em tom direto, disse que venderia sua participação no negócio para não perder essa fase da vida, defendendo que nenhuma reputação pública substitui o olhar da família.
A conversa termina retomando a ideia que abre e fecha o episódio.
“Ser quem a gente é vai ser sempre a maior vantagem competitiva”.













