No cenário atual do mercado financeiro, as eleições e os juros emergem como questões centrais no debate econômico. O sócio da GTI, Rodrigo Glatt, analisou as influências que o fluxo externo e o ciclo de cortes da taxa de juros nos Estados Unidos têm sobre os mercados emergentes, especialmente o brasileiro.
Segundo Glatt, o Brasil deve entrar em 2026 sob um risco elevado e com uma maior sensibilidade ao ambiente político.
“O principal risco, muitas vezes, é ignorado pelos investidores. O erro mais comum é operar a Bolsa com um horizonte curto, sem considerar a volatilidade das ações nesse período”, afirma Glatt.
Eleições, fluxo externo e juros nos mercados emergentes
Os mercados emergentes, como o brasileiro, vêm enfrentando um cenário de mudanças por conta do fluxo de capital exterior e dos cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos.
Glatt explica que “o fluxo externo e o ciclo de cortes nos EUA continuarão a influenciar os emergentes“, mas adverte que isso não deve ser uma garantia de segurança. Com a proximidade das eleições, a incerteza política torna-se um fator preponderante, trazendo riscos adicionais para os investidores. O contexto eleitoral, combinado com o cenário macroeconômico, exige uma análise mais profunda por parte dos investidores.
“Enquanto alguns buscam aproveitar o potencial de crescimento, outros podem se deixar levar pela ansiedade e pela euforia momentânea.“, pontua Glatt.
Como se proteger em um ambiente de incerteza?
A pergunta que muitos investidores se fazem é: como se proteger em um ambiente de incertezas políticas e econômicas? Glatt sugere que a chave está em manter uma perspectiva de longo prazo para os investimentos.
“É crucial que os investidores evitem decisões precipitadas e analisem cuidadosamente as implicações dos resultados financeiros trimestrais“, afirma.
Além disso, o especialista aponta que a diversificação e a alocação correta de ativos são fundamentais. Em tempos de incerteza como um ano de eleições federais, alguns ativos podem oferecer proteção, enquanto outros podem se valorizar. Portanto, é essencial construir um portfólio que reflita tanto a tolerância ao risco quanto os objetivos de investimento de cada um.
O que os investidores devem saber sobre o cenário atual?
O cenário atual do mercado financeiro exige que os investidores estejam atentos não apenas à performance das ações, mas também ao contexto mais amplo. Isso inclui as decisões de política monetária e os desdobramentos das eleições.
Glatt enfatiza que os investidores precisam estar preparados para a volatilidade e para possíveis surpresas que podem surgir ao longo do ciclo eleitoral. Além disso, o especialista destaca a importância de manter-se informado e de seguir de perto as notícias econômicas e de negócios.
“Uma visão informada e estratégica pode ser o diferencial em um ambiente tão instável“, conclui Glatt.

