O ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que pretende leiloar um conjunto de joias recebidas da Arábia Saudita e destinar o valor obtido para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi atendido após ser esfaqueado durante a campanha de 2018. Esta declaração foi feita durante um evento em Pernambuco e marca a primeira manifestação pública de Bolsonaro após a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que permitiu ao presidente Lula manter um relógio presenteado pelo governo francês em 2005.
Contexto e Implicações Legais

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A defesa de Bolsonaro argumenta que a decisão do TCU poderia ser aplicada ao seu caso, apesar das diferenças nos valores envolvidos e da determinação anterior do TCU para que o ex-presidente devolvesse as joias. A Polícia Federal (PF) investiga um possível desvio de R$ 6,8 milhões relacionado às joias sauditas. No mês passado, a PF indiciou Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais dez pessoas, por suspeita de apropriação ilegal dos itens que deveriam ser incorporados ao acervo presidencial. A Procuradoria Geral da República (PGR) tem até o final do mês para decidir sobre a denúncia ou o arquivamento do caso.
Posicionamento de Bolsonaro
Bolsonaro afirmou que as joias são de sua propriedade e que seu plano de leiloá-las para beneficiar o hospital em Juiz de Fora é uma forma de contribuir com a instituição que desempenhou um papel crucial em seu tratamento. Essa decisão reflete sua tentativa de responder às acusações de forma proativa e transparente.