A Reag Capital Holding informou que está em tratativas para a potencial alienação do bloco de controle da Reag Investimentos, em comunicação conjunta divulgada nesta segunda-feira (1). As conversas ocorrem com potenciais interessados independentes e fazem parte de um processo ainda preliminar. Além disso, as companhias destacam que seguem os ritos de divulgação previstos na regulamentação aplicável, mantendo o mercado atualizado conforme a evolução das discussões.
Segundo o comunicado, as tratativas envolvem a troca de informações sob acordos de confidencialidade, bem como debates iniciais sobre termos econômicos e condições contratuais de uma eventual transação. Não há garantia, neste momento, de assinatura de documento vinculante ou mesmo de consumação do negócio; nesse sentido, ainda não há definição de preço, estrutura final ou cronograma. Por outro lado, as empresas reforçam o compromisso de transparência com seus acionistas e com o mercado.
O que está sendo negociado?
O objeto central das tratativas é o bloco de controle da Reag Investimentos. De acordo com as companhias, esse bloco é composto pela totalidade das ações detidas pela Reag Holsa e pelo REAG Alpha Fundo de Investimento Financeiro em Ações, representando aproximadamente 87% do capital social da Reag Investimentos. Enquanto isso, a negociação permanece em fase exploratória, sem termos vinculantes, o que significa que as partes ainda avaliam cenários, estruturas e salvaguardas contratuais usuais.
- Data do fato relevante: 1º de setembro de 2025.
- Base legal: artigo 157, §4º, da Lei nº 6.404/1976, e Resolução CVM nº 44/2021.
- Status das conversas: fase preliminar, com acordos de confidencialidade e discussões sobre termos econômicos e contratuais.
- Sem garantia de conclusão: ainda não há preço, estrutura final ou cronograma definidos.
- Compromisso de disclosure: novas informações serão divulgadas ao mercado conforme a evolução.
Qual o contexto recente da Reag?
Na semana anterior à divulgação do fato relevante, a sede da Reag Investimentos foi alvo de mandados de busca e apreensão no contexto de uma megaoperação que envolve diferentes órgãos públicos e investiga suposto esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Nesse sentido, a companhia afirmou que está colaborando integralmente com as autoridades competentes. Além disso, até o momento, não há indicação, por parte das empresas, de impactos objetivos da operação sobre as tratativas societárias divulgadas.
O que investidores devem observar a seguir?
Nesse sentido, investidores e demais interessados devem acompanhar a publicação de novos fatos relevantes, especialmente aqueles que possam detalhar preço indicativo, estrutura proposta, eventuais exigências regulatórias e prazos estimados. Além disso, vale monitorar eventuais impactos reputacionais e operacionais decorrentes das investigações em curso e como a companhia endereça potenciais riscos de governança e compliance.
- Divulgações futuras: notícias sobre memorandos de entendimentos, exclusividade ou assinatura de contratos.
- Regulação: eventuais submissões a autoridades competentes, conforme aplicável.
- Riscos e mitigação: medidas de compliance e governança anunciadas pela companhia.
- Comunicação ao mercado: relatórios, teleconferências ou comunicados que tragam maior granularidade.
Enquanto isso, as empresas reiteram que manterão o mercado informado sobre qualquer evolução relevante do processo. Além disso, por se tratar de negociação ainda não vinculante, este é um momento de observação e análise, no qual cada novo comunicado poderá alterar expectativas quanto à probabilidade e ao desenho final de uma eventual transação. Por outro lado, a ausência de marcos formais não impede que as partes sigam avaliando alternativas, sempre à luz da regulamentação e do dever de transparência com os acionistas.