A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (17) a identificação de petróleo de alta qualidade em um poço exploratório localizado no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, no pós-sal da Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. A descoberta ocorre em uma área a 108 quilômetros da costa de Campos dos Goytacazes (RJ), em lâmina d’água de 734 metros.
Segundo a estatal, a perfuração do poço já foi concluída e os testes iniciais, incluindo análises elétricas, detecção de indícios de gás e coleta de fluidos, confirmaram a presença de óleo. O material será enviado para análise laboratorial, etapa que permitirá avaliar a qualidade do reservatório e estimar o potencial de produção da área.
O bloco foi adquirido pela Petrobras em 2018, durante a 5ª Rodada de Partilha de Produção, sob gestão da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A companhia opera o ativo com 100% de participação.
A Bacia de Campos permanece como uma região estratégica para a produção nacional, mesmo com o avanço do pré-sal. O pós-sal é a camada de rochas acima do sal, onde o petróleo está em profundidades menores e costuma exigir processos de extração menos complexos. Já o pré-sal está abaixo de uma extensa camada de sal e concentra alguns dos maiores volumes de petróleo do país.
Novas descobertas e avanço exploratório da Petrobras
Esta é a descoberta mais recente da Petrobras em 2025. Em maio, a companhia já havia identificado petróleo de alta qualidade no pré-sal da Bacia de Santos, no bloco Aram, localizado a 248 quilômetros da cidade de Santos (SP), em profundidade de 1.952 metros. Foi a segunda descoberta no mesmo bloco apenas neste ano.
O movimento exploratório também avança pela Margem Equatorial. Em outubro, o Ibama concedeu licença para perfuração do bloco FZA-M-059, na Foz do Amazonas, após a Petrobras apresentar ajustes técnicos e reforços no planejamento ambiental. O poço fica a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas e 175 quilômetros da costa. A perfuração começará de imediato e tem previsão de duração de cinco meses.
A Petrobras afirma que novas fronteiras de exploração são essenciais para garantir a segurança energética do país e gerar recursos para a transição energética. A companhia estima que a Margem Equatorial pode se tornar um polo de alta relevância, com potencial para produzir 1,1 milhão de barris por dia, volume superior ao dos campos de Tupi e Búzios, atualmente os maiores do país.
















