BM&C NEWS
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • EMPRESAS E NEGÓCIOS
  • Análises
  • ECONOMIA
No Result
View All Result
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • EMPRESAS E NEGÓCIOS
  • Análises
  • ECONOMIA
No Result
View All Result
BM&C NEWS
No Result
View All Result

Opinião: “O discurso de posse de Trump e a perspectiva de soma zero”

Marcus Vinícius de Freitasby Marcus Vinícius de Freitas
22/01/2025

A posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos representa um marco para a política norte-americana e a ordem internacional. O discurso reflete uma visão de mundo polarizadora, marcada pela lógica da soma zero, em que o ganho de um ator implica, necessariamente, a perda de outro. Essa abordagem, ao invés de consolidar a liderança dos Estados Unidos no sistema internacional, acelera o declínio do país em várias dimensões.

Trump retornou ao poder em um momento de crescente fragmentação global, desafios internos e competição estratégica com potências como a China. Em vez de adotar uma estratégia cooperativa ou multilateral para abordar esses problemas, o discurso reforçou um nacionalismo econômico e político que aliena aliados e enfraquece a capacidade dos Estados Unidos de influenciar a ordem global. O discurso de Trump apresenta três aspectos centrais: protecionismo econômico, unilateralismo e retórica polarizadora. Ao invés de “Era de Ouro” estamos diante de um cenário que contribui, profunda e aceleradamente, para o declínio norte-americano. 

A mensagem principal de Trump é a ideia de que os Estados Unidos estão “perdendo” para outros países e que a recuperação do poder passa por impor perdas a esses adversários. Trump, “ungido pela Divina Providência”, ao escapar de duas tentativas de assassinato, sente-se empoderado para conduzir aquele país da maneira que lhe parece melhor. No entanto, sua visão ignora a interdependência econômica e política que caracteriza o mundo contemporâneo. Ao reafirmar a necessidade de rever acordos comerciais como forma de “recuperar” empregos e riqueza perdidos, especialmente para a China e México, e propugnar a saída de Organizações Internacionais, recorrendo ao isolacionismo, os Estados Unidos – que sempre tiveram um papel importante nestes assuntos – reduz, paulatinamente, a sua capacidade de influência global.

A lógica de soma zero é falha em um mundo onde o crescimento de uma nação pode impulsionar outras. A globalização permitiu que economias interconectadas prosperassem juntas. Ao insistir em uma abordagem que vê o sucesso alheio como ameaça, Trump não apenas cria barreiras comerciais, mas também prejudica cadeias produtivas globais, nas quais os Estados Unidos estão profundamente integrados. Essa postura de isolamento econômico enfraquece sua competitividade global a longo prazo.

Leia Mais

Copom: Aumento da Selic pode chegar a 1% hoje, avalia economistas

Mercado aguarda decisão do Copom: Selic deve subir para 14,25% ao ano

19 de março de 2025
Créditos: depositphotos.com / rafapress

Itaúsa registra lucro: “dividend yield atrativo” avalia especialista

18 de março de 2025

A retórica de desprezo por alianças tradicionais e compromissos multilaterais é preocupante. Trump reiterou a ideia de que os Estados Unidos não devem “subvencionar a defesa de outros países”, reforçando sua postura crítica à OTAN e a outros mecanismos de segurança coletiva. Essa visão reduz o comprometimento americano com seus aliados, o que abre espaço para potências concorrentes fortalecerem suas influências em regiões estratégicas. Além disso, Trump envida uma estratégia de forçar aos aliados a aumentarem as despesas militares para beneficiarem, diretamente, a indústria de defesa norte-americana. 

No plano econômico, o protecionismo prometido no discurso de posse é outra manifestação da lógica de soma zero que enfraquece os Estados Unidos. Tarifas punitivas e sanções econômicas destinadas a “proteger” a economia americana frequentemente resultam em retaliações comerciais que prejudicam consumidores, agricultores e indústrias domésticas. A guerra comercial iniciada durante o primeiro mandato de Trump teve consequências negativas para o setor agrícola e para a indústria de manufatura americana, que depende de mercados externos. Retomar essa abordagem sob o mantra de “America First” aprofunda os problemas econômicos internos, especialmente em um momento econômico global complexo. Para o Brasil, principal concorrente dos Estados Unidos no mercado agrícola chinês, esta postura até pode gerar bons frutos econômicos. No entanto, Trump não pensaria duas vezes em rifar o Brasil para obter uma participação maior no crescente mercado chinês. 

A hostilidade em relação a investimentos estrangeiros e à imigração – pontos reforçados no discurso – compromete a inovação e a competitividade do país. Historicamente, os Estados Unidos foram um imã para talentos globais e capital estrangeiro. Ao fechar suas portas, Trump prejudica a capacidade do país de atrair as melhores mentes e recursos necessários para sustentar sua liderança econômica. Eis aqui uma oportunidade importante para o Brasil de atrair cérebros para o País se estabelecer políticas maiores de cooperação e atração de talentos globais. 

Enquanto Trump insiste em uma abordagem isolacionista, outras potências têm adotado estratégias de engajamento global que preenchem o espaço deixado pelos Estados Unidos. A Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI), por exemplo, fortalece a posição da China como líder em infraestrutura e comércio global, enquanto os Estados Unidos se retraem. A retórica agressiva de Trump em relação à China, embora popular entre seus eleitores (e aqui no Brasil também) carece de substância estratégica. Em vez de competir de forma inteligente, investindo em inovação e diplomacia econômica, Trump favorece uma abordagem confrontacional que reforça a narrativa de “declínio inevitável” dos Estados Unidos.

O discurso de posse de Donald Trump em 2025 simboliza uma visão de mundo ultrapassada e contraproducente.  Se os Estados Unidos continuarem nesse caminho, o declínio de sua posição global não será apenas acelerado, mas talvez irreversível. Em contraste, potências concorrentes continuarão a aproveitar as oportunidades criadas por esse vazio de liderança, consolidando seu papel como protagonistas da nova ordem global. 

 A desigualdade econômica crescente no país, as tensões raciais, e a falta de unidade nacional torna o país menos resiliente e mais vulnerável a crises internas. A casa está dividida e “… toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.” Reconstruir essa casa deveria ser o principal objetivo do novo governo.  

O retorno de Trump ao poder é um reflexo das profundas contradições que definem o papel dos Estados Unidos no século XXI e de sua incapacidade de se adaptar a um mundo em rápida transformação. Enfim, teremos quatro anos preocupantes. 

Reprodução: YouTube/Donald J Trump

Reprodução: YouTube/Donald J Trump

Tags: relevancia
336x280

Notícias

FGC vira o app mais baixado do país após liquidação do Master

PF apreende jatinho de Daniel Vorcaro; banqueiro segue preso após audiência

De olho nos desdobramentos do Banco Master, mercado espera balanço da Nvidia

Vorcaro segue preso após audiência; defesa prepara habeas corpus

  • All
  • análise
FGC
INVESTIMENTOS E FINANÇAS

FGC vira o app mais baixado do país após liquidação do Master

19 de novembro de 2025
Fotos: Maurílio Goeldner e  depositphotos.com / casadaphoto
MERCADOS

Parceria entre Americanas e Magalu redesenha disputa no varejo digital

19 de novembro de 2025
Foto: Divulgação/Polícia Federal
MERCADOS

PF apreende jatinho de Daniel Vorcaro; banqueiro segue preso após audiência

19 de novembro de 2025
Fotos divulgadas pela Polícia Federal da operação Compliance Zero
MERCADOS

De olho nos desdobramentos do Banco Master, mercado espera balanço da Nvidia

19 de novembro de 2025

Leia Mais

Banco Central mira transparência nas fintechs e alerta para carga tributária

Banco Central mira transparência nas fintechs e alerta para carga tributária

by Redação BM&C News
8 de setembro de 2025
0

O Banco Central intensificou a vigilância sobre fintechs e operações de intermediação após episódios recentes que expuseram fragilidades fora do...

azul

Azul dispara com resultado operacional robusto em julho

by Rafael Lara
1 de setembro de 2025
0

As ações da Azul (AZUL4) tiveram um dos desempenhos mais expressivos do mercado nesta segunda-feira (1º de setembro de 2025)....

Analistas veem cautela dos investidores após interpretação de Dino sobre lei estrangeira

“Decisão de Dino no STF aumenta cautela de investidores”, dizem especialistas

by Redação BM&C News
20 de agosto de 2025
0

A recente decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação à aplicação de leis estrangeiras no...

Curva dos Treasuries reflete incertezas sobre política monetária americana

O que a evolução dos Treasuries revela sobre juros e inflação nos EUA

by Redação BM&C News
19 de agosto de 2025
0

O comportamento dos Treasuries desde 2022 mostra como as taxas dos títulos do Tesouro americano acompanharam a política monetária do...

Foto: MZ

Transformando dados em estratégia nas divulgações de resultados

by Redação BM&C News
2 de outubro de 2024
0

A narrativa no mercado de capitais é muito mais do que uma simples história; ela é o fio condutor que...

Notas de 100 reais | Fonte: Pexels

30 Anos Plano Real: Como a estabilidade econômica transformou o planejamento financeiro dos brasileiros

by Redação BM&C News
1 de outubro de 2024
0

Em 2024 celebramos os 30 anos do Plano Real, um divisor de águas na história econômica do Brasil. Antes da...

desemprego no Brasil

Como é que a taxa de emprego aumenta e o seguro-desemprego cresce?

by Aluizio Falcão Filho
30 de setembro de 2024
0

Certos dados macroeconômicos são difíceis de entender no Brasil. Um exemplo é a recente alta de juros em um cenário...

Expectativas para Selic: com Galípolo, decisão será técnica ou política?

Gabriel Galípolo e o Futuro do BC: Oportunidade ou Risco para a Economia?

by BMCNEWS
14 de agosto de 2024
0

Gabriel Galípolo é o próximo presidente do Banco Central? Essa é a pergunta que tem agitado o mercado financeiro brasileiro...

RRRP3

RRRP3: “Esse ano a companhia vai crescer forte”, diz economista

by Fernanda Capelli
27 de abril de 2023
0

Alex André, economista da SaraInvest, avalia perspectivas da 3R Petroleum (RRRP3) após divulgação de resultados do 1T23

Mills

Elevando a novos patamares: Conheça a nova Mills (MILS3)

by Alex André
21 de outubro de 2022
0

A Mills é pioneira e líder no segmento de locação de plataformas elevatórias e de alta complexidade no Brasil

COPYRIGHT © 2025 BM&C NEWS. TODO OS DIREITOS RESERVADOS.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • EMPRESAS E NEGÓCIOS
  • Análises
  • ECONOMIA

COPYRIGHT © 2025 BM&C NEWS. TODO OS DIREITOS RESERVADOS.