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Opinião: Mais uma guerra

A guerra é utilizada por políticos fracos que não conseguem resolver, através do diálogo, os assuntos que poderiam ser solucionados

Marcus Vinícius de FreitasPor Marcus Vinícius de Freitas
19/10/2023

O mundo sempre teve conflitos. Todos sangrentos, com milhões de vidas sacrificadas. A alegação varia: de conquista de território, legítima defesa a ataques terroristas. A guerra é utilizada, no entanto, mais por políticos fracos que não conseguem resolver, através do diálogo, os assuntos que poderiam ser solucionados desde que houvesse racionalidade na conversa. 

A racionalidade, no entanto, jamais prevalece. Várias são as justificativas para isso ocorrer. A necessidade de vingança por uma ação – das simples às atrozes – é sempre utilizada. Legítima defesa, terrorismo, ou até mesmo religião também são usados para convalidar a ação. O resultado é que, ao final, milhares de pessoas morrerão, estruturas físicas destruídas e ódios multiplicados.

Desconheço guerras recentes em que a situação ficou melhor do que antes do conflito. Tampouco conheço situações em que a percepção do agressor melhorou depois do conflito. O rancor aumenta e o ciclo vicioso do ódio e da vingança se tornam infinitos. Nasce uma geração, morre outra. E nada se resolve. Tudo, aliás, piora. E o método somente se repete sem sucesso, sem perspectivas de melhora. 

A grande maioria paga com recursos e vida, enquanto muito poucos ganham financeiramente com a guerra: a indústria da defesa, financiadores de governos, e os comerciantes de armas. A maioria das pessoas nada mais é do que massa de manobra, sujeita à manipulação do discurso, sempre permeado uma falsa superioridade moral. E o discurso bonito convence para liberar a prática de atrocidades, violência e até limpeza racial. 

De tempos em tempos, no entanto, a humanidade tenta criar regras para impedir que o pior aconteça. Regras são impostas para evitar que o lado animalesco da humanidade prevaleça. E as nações civilizadas são incentivadas a usar estas regras para proteger os civis.  Afinal, uma nação civilizada não pode recorrer aos mesmos métodos utilizados por bárbaros. E o argumento é só um: se não houver um mecanismo de controle, a barbárie prevalecerá. 

O Tribunal Penal Internacional, do qual o Brasil é membro junto com 122 outros países, tem estabelecido algumas regras básicas num conflito: não matem civis, não matem prisioneiros, não mantem pessoas sem o devido processo legal, não tome reféns, e não cause fome como estratégia de guerra. Estas regras representam a consolidação de milhares de guerras e do triste aprendizado humano ao longo dos séculos. 

Estados Unidos, Israel e Rússia não fazem parte do Tribunal Penal Internacional. E, portanto, não estão restritos em sua ação. Isto é uma preocupação. É verdade também que terroristas não seguem regras e cometem crimes bárbaros. No entanto, a ação de um estado jamais se pode comparar a ação de um grupo que tampouco representa toda uma população.

Numa manifestação, Aharon Barak, um dos juristas mais brilhantes de Israel, que presidiu a Suprema Corte daquele país entre 1995 e 2006, afirmou quanto à questão do combate ao terrorismo: 

“Estamos conscientes de que esta decisão não torna mais fácil lidar com essa realidade. Este é o destino da democracia, pois nem todos os meios lhe são aceitáveis e nem todos os métodos utilizados pelos seus inimigos lhe estão abertos.

Por vezes, uma democracia tem de lutar com uma mão atada atrás das costas. No entanto, leva vantagem. A preservação do Estado de direito e o reconhecimento das liberdades individuais constituem uma componente importante da sua compreensão da segurança. No final do dia, reforçam o seu espírito e força e permitem-lhe superar as suas dificuldades.”

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Um outro judeu, o apóstolo cristão Paulo, afirmou: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém.”. Fica aqui o conselho importante que Binyamin Netanyahu deveria considerar para manter o devido apoio a Israel: serenidade na ação.

Do contrário, pode desgastar a simpatia global com Israel. É preciso inteligência e estratégia para não repetir os erros dos Estados Unidos na Guerra ao Terror. Se há uma lição pós 11 de setembro é que o terror, de fato, não acabou. De fato, ele se espalhou e aumentou ainda mais a produção de novos terroristas. E os Estados Unidos acentuaram a sua curva de declínio global como potência hegemônica. 

A estratégia de Netanyahu deve ser repensada. Porque em 2006, quando Israel quis destruir o Hezbollah no Líbano, somente o fortaleceu ainda mais e incrementou seu poder bélico posteriormente. E o “apoio” inicial ao surgimento do Hamas contra o Fatah e a Organização para Liberação da Palestina (OLP) também foi um erro estratégico.

A história de eliminar todos os terroristas é outro equívoco porque é impossível de realizar. Além disso, Netanyahu corre o risco de sacrificar todos os avanços conseguidos através dos Acordos Abraâmicos e retroceder, em décadas, o relógio da paz, que avançou apenas alguns segundos. 

É necessário que as partes voltem a conversar. Em que pesem ambos os lados não quererem a existência do outro, a diplomacia e a conversa deve continuar, afinal – ainda que distante – não há outra solução aceitável que a existência de dois estados livres e independentes e que aceitem a existência mútua.

A Rainha Elizabeth II certa vez deu um sábio conselho: “Mas conversar nós vamos; temos de ouvir; podemos discordar de vez em quando; mas unidos devemos permanecer sempre.” O fato é que Palestinos e Israelenses precisam aprender a conviver no mesmo território em paz como fizeram por séculos durante o período do império otomano. Podem não ser unidos. Mas ignorar um ao outro não levará a lugar algum. 

Netanyahu sabe que seus dias estão contados após a ação em Gaza. Corre, ainda, o risco de ganhar a guerra e perder o governo. Como entrará para história depende muito da forma como administrará a situação. E ele que não conte com os Estados Unidos como garantia. Joe Biden enfrenta vários desafios domésticos e internacionais, além de uma tentativa de reeleição.  O cessar fogo imediato é a única solução para avançar. 

*Marcus Vinícius De Freitas é professor visitante da China Foreign Affairs University e senior fellow da Policy Center for the New South


As opiniões transmitidas pelos nossos colunistas são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a opinião da BM&C News.

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