BM&C NEWS
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • EMPRESAS E NEGÓCIOS
  • Análises
  • ECONOMIA
    • INVESTIMENTOS E FINANÇAS
Sem resultado
Veja todos os resultados
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • EMPRESAS E NEGÓCIOS
  • Análises
  • ECONOMIA
    • INVESTIMENTOS E FINANÇAS
Sem resultado
Veja todos os resultados
BM&C NEWS
Sem resultado
Veja todos os resultados

Marcus Vinicius de Freitas: Um barril de pólvora

Marcus Vinícius de FreitasPor Marcus Vinícius de Freitas
03/08/2023

À medida que o tempo passa e a Guerra na Ucrânia passa a ter menor cobertura pela imprensa, com a preocupação diminuindo diante dos desafios impostos pelo cotidiano, é importante ressaltar que o momento atual do conflito é extremamente preocupante. Afinal, a contra-ofensiva ucraniana, que deveria infligir na Rússia sérias perdas e prejuízos, não tem alcançado o resultado almejado. E a Rússia, apesar das sanções, segue menos enfraquecida do que a mídia ocidental – muitas vezes por pura propaganda – faz-nos crer sobre o conflito.

Nos últimos tempos, temos observado que a Rússia tem consolidado sua conquista territorial. As expansões territoriais pouco retraíram e, em que pese a ajuda militar ocidental – particularmente dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – a Rússia conseguiu recuperar-se dos equívocos iniciais da Guerra que, talvez por uma enorme arrogância, Putin acreditava que venceria facilmente.

Mas é fato que a Guerra na Ucrânia se transformou numa tentativa norte-americana de ainda manter a sua hegemonia global. E isto, por mais que a Rússia tenha cometido a invasão e a violação do direito internacional, juntamente com o precedente norte-americano no Iraque, fez com que o Sul Global não desse tanta atenção à manipulação que se observou  nos meios de comunicação para engajar-se a favor da Ucrânia. Nesse cenário, a situação ficou ainda mais complicada porque Washington também quis envolver a China na narrativa e na construir-lhe uma percepção negativa global. A ideia é que, por meio do embaraço e da atribuição de estereótipos, a imagem chinesa deteriorasse internacionalmente, para os Estados Unidos se manterem na posição de primazia global.

Neste período de guerra, a OTAN ultrapassou todas as linhas vermelhas previamente estabelecidas quanto à atuação numa guerra que não lhe envolve diretamente. A quantidade de armas enviadas, as sanções impostas e a respectiva atuação poderiam ter deflagrado uma situação muito mais complicada do que a que temos visto até o momento. Vladimir Putin, que já ameaçou utilizar armas nucleares caso se sentisse ameaçado, tem, a despeito da situação, controlado o ímpeto. Obviamente que muito desta restrição se deve ao fato de a China ter estabelecido linhas vermelhas quanto ao seu apoio à Rússia neste conflito, particularmente o uso de armas nucleares. Beijing deixou claro a Putin que armas nucleares só devem ser utilizadas como defesa a um ataque nuclear e nunca como um mecanismo de ação primeira.

A Europa tem sido a grande perdedora deste conflito. Sofre, na economia, pelo aumento crescente da energia e – com a continuidade da guerra no inverno que logo se aproxima – verá a situação econômica deteriorar ainda mais.  Deu-se, ainda, conta de sua incapacidade de defesa, da absoluta dependência dos Estados Unidos quanto à sua proteção (e agora da energia), dos erros cometidos nos programas de energia ao abandonar o uso da energia nuclear em muitos países, e da falta de compreensão da reconfiguração do poder global. Ao adotar a retórica anti-China, a Europa corre o perigo de restringir acesso àquele que paulatinamente se tem transformado no maior mercado consumidor global. E – o mais importante – um mercado sedento por consumir marcas europeias.

Os Estados Unidos, por enquanto, se deram melhor no conflito. Lograram suprir energia à Europa, a preços mais elevados, forçar os países europeus a contribuírem mais às cotas militares nacionais e ainda assim incrementar a sua indústria de defesa. Para um país que, efetivamente, não teria a necessidade de um exército grande, por não ter inimigos fronteiriços que lhe criem desafios, os Estados Unidos têm reafirmado seu exército como um elemento poderoso para intervenção global. E Biden pretende usar da guerra para reeleger-se.

Leia Mais

Opinião: enquanto a direita briga entre si, Lula costura alianças

Opinião: enquanto a direita briga entre si, Lula costura alianças

1 de outubro de 2025
Opinião: a direita brasileira precisa de um choque de gestão

Opinião: a direita brasileira precisa de um choque de gestão

30 de setembro de 2025

Por mais que a OTAN propugne a derrota inexorável da Rússia como condição para chegar-se ao fim desta guerra, a realidade aponta em sentido contrário. Até porque Putin entende que a sua perenidade no poder depende do resultado vitorioso no conflito e está disposto a implementar sua estratégia até o fim. Uma derrota significaria não somente uma perda pessoal, mas a possibilidade de fragmentação da Rússia em vários países. Considerando o histórico dos regimes políticos que se instalaram pós colapso da União Soviética na região, é preocupante um cenário com novos países detentores do conhecimento e dos armamentos nucleares.

O relógio nuclear foi ativado várias vezes durante esta guerra. É uma preocupação constante, afinal, um conflito nuclear seria o pior acontecimento que podería ocorrer neste ou em qualquer momento da história. Principalmente se considerarmos que a toda ação corresponderá sempre uma contrarreação. E a espiral da destruição pode ser devastadora.

A realidade é que estamos vivendo num barril de pólvora em que contenção é a palavra mais importante a ser praticada. Um erro a mais, um posicionamento errado, ou até mesmo uma ação militar equivocada pode acarretar uma situação cujos impactos e danos podem tornar-se irreversíveis. Aqui e ali observamos posicionamentos de alguns países europeus, já fatigados com a questão da guerra, entendendo que lidar com Moscou não pode ser necessariamente numa relação de superioridade ou de vitória. A criação de uma narrativa que sirva a ambos os lados e logre manter a paz é essencial e mais importante até mesmo do que as novas fronteiras. O Secretário Geral das Nações Unidas, ao referir-se à questão climática recentemente afirmou: “A era do aquecimento global acabou; a era da ebulição global chegou”. Mais do que a questão climática, a ebulição global por causa da Guerra na Ucrânia é muito mais preocupante.

*Marcus Vinicius de Freitas é professor Visitante da China Foreign Affairs University

Vale a pena pagar tГѓВЈo caro?
Tags: guerra na UcrâniaopiniãoRussiarússia e ucrâniaucrânia
336x280

Notícias

Crises, câmbio e política fiscal: a trajetória da incerteza no Brasil

Finanças sustentáveis ganham força na corrida para a COP30

Leitura positiva da inflação e petróleo em alta: a semana no Ibovespa

Ibovespa Futuro ultrapassa 150 mil pontos pela 1ª vez

  • All
  • análise
Notas de reais, incerteza econômica, gráficos.
ECONOMIA

Crises, câmbio e política fiscal: a trajetória da incerteza no Brasil

26 de outubro de 2025
Banco do Brasil cop 30
COP30

Finanças sustentáveis ganham força na corrida para a COP30

25 de outubro de 2025
IBC-Br confirma ritmo moderado da atividade e desaceleração gradual
ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Lula pressiona por Selic menor, mas inflação persistente deve manter juros altos

24 de outubro de 2025
IBC-Br negativo reforça perda de tração da economia e sinaliza moderação no PIB
ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Inflação: BC cobra alinhamento entre Política Fiscal e Monetária

24 de outubro de 2025

Leia Mais

Banco Central mira transparência nas fintechs e alerta para carga tributária

Banco Central mira transparência nas fintechs e alerta para carga tributária

Por Redação BM&C News
8 de setembro de 2025
0

O Banco Central intensificou a vigilância sobre fintechs e operações de intermediação após episódios recentes que expuseram fragilidades fora do...

azul

Azul dispara com resultado operacional robusto em julho

Por Rafael Lara
1 de setembro de 2025
0

As ações da Azul (AZUL4) tiveram um dos desempenhos mais expressivos do mercado nesta segunda-feira (1º de setembro de 2025)....

Analistas veem cautela dos investidores após interpretação de Dino sobre lei estrangeira

“Decisão de Dino no STF aumenta cautela de investidores”, dizem especialistas

Por Redação BM&C News
20 de agosto de 2025
0

A recente decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação à aplicação de leis estrangeiras no...

Curva dos Treasuries reflete incertezas sobre política monetária americana

O que a evolução dos Treasuries revela sobre juros e inflação nos EUA

Por Redação BM&C News
19 de agosto de 2025
0

O comportamento dos Treasuries desde 2022 mostra como as taxas dos títulos do Tesouro americano acompanharam a política monetária do...

Unidade de mistura de minério de ferro em porto na China

Minério de Ferro dispara com expectativa de novos estímulos na China

Por Lucas Tadeu
7 de outubro de 2024
0

O mercado de minério de ferro tem vivenciado uma alta expressiva nas últimas semanas, impulsionado por expectativas de estímulos econômicos...

Foto: MZ

Transformando dados em estratégia nas divulgações de resultados

Por Redação BM&C News
2 de outubro de 2024
0

A narrativa no mercado de capitais é muito mais do que uma simples história; ela é o fio condutor que...

Notas de 100 reais | Fonte: Pexels

30 Anos Plano Real: Como a estabilidade econômica transformou o planejamento financeiro dos brasileiros

Por Redação BM&C News
1 de outubro de 2024
0

Em 2024 celebramos os 30 anos do Plano Real, um divisor de águas na história econômica do Brasil. Antes da...

desemprego no Brasil

Como é que a taxa de emprego aumenta e o seguro-desemprego cresce?

Por Aluizio Falcão Filho
30 de setembro de 2024
0

Certos dados macroeconômicos são difíceis de entender no Brasil. Um exemplo é a recente alta de juros em um cenário...

Estratégias de investimento e desafios dos fundos multimercados em 2024

Por Lucas Tadeu
23 de setembro de 2024
0

Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital, falou sobre sua trajetória e a importância de uma boa estratégia de alocação...

NГѓВєmero de apostadores no Brasil supera em 7 vezes o de investidores, aponta pesquisa do IBGE

O crescimento das apostas no Brasil e seus desafios econômicos

Por Lucas Tadeu
16 de setembro de 2024
0

O mercado de apostas esportivas e jogos de azar no Brasil está crescendo exponencialmente. Em 2023, 22 milhões de brasileiros...

COPYRIGHT © 2025 BM&C NEWS. TODO OS DIREITOS RESERVADOS.

Sem resultado
Veja todos os resultados
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • EMPRESAS E NEGÓCIOS
  • Análises
  • ECONOMIA
    • INVESTIMENTOS E FINANÇAS

COPYRIGHT © 2025 BM&C NEWS. TODO OS DIREITOS RESERVADOS.