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O annus horribilis de 2022

Marcus Vinícius De Freitas Professor Visitante, China Foreign Affairs University

Marcus Vinícius de Freitasby Marcus Vinícius de Freitas
27/12/2022

O ano de 2022 era para ser tranquilo. Afinal, a pandemia da Covid-19 parecia terminar ou estabilizar o número de casos e a letalidade. As vacinas lograram derrubar, substancialmente, os números de mortes. No entanto, rapidamente se tornou um “annus horribilis”, como apelidou a falecida Rainha Elisabeth II, ao enfrentar agruras, o ano de 1992, quando vários problemas afetaram a família real britânica, incluindo um incêndio no Castelo de Windsor em que mais de cem cômodos foram destruídos. 

A Guerra na Ucrânia eclodiu e alterou, profundamente, a situação política europeia. O Velho Continente que, por décadas, sempre quis ensinar ao mundo como administrar conflitos, se viu perdido – e ainda segue – para lidar com as ameaças impostas por Vladimir Putin. O Velho Continente descobriu, também, as suas múltiplas vulnerabilidades, como um discurso ambiental incompatível às necessidades existentes e o fato de que países que não possuem independência militar – Alemanha, Portugal, Itália, Japão, Coreia do Sul, por exemplo – podem ser compelidas a engajarem-se em conflitos que não lhes seja interessante. Observamos, também, ressurgir uma guerra por procuração, em que grandes potências utilizam o território de um país para realizar uma guerra que, efetivamente, é muito mais uma enorme disputa de poder e de domínio global. 

O custo de energia subiu sensivelmente no mundo ocidental. A taxa de inflação também, com um enorme impacto no desabastecimento, na logística, na distribuição e na pior da qualidade de vida dos cidadãos. O mundo empobreceu e as perspectivas de melhoras não são muito auspiciosas. O mundo conta com lideranças fracas em todos os lugares, perdidas, muitas vezes, no debate ideológico que nada mais faz do que encobrir suas incompetências administrativas. Se nas décadas de 1970 e 1980 a humanidade produziu grandes lideranças globais, o fato é que a década atual tem sido parcimonioso na produção de grandes lideranças. Existe uma falta enorme de estatura das lideranças existentes para assumirem maior protagonismo global. Afinal, líderes acusados de corrupção, assédio, desídia e incapacidade não possuem a capacidade para assumir o timão da governança global. 

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Também se descobriu que sanções – muitas vezes apregoadas como a melhor forma de forçar os países a mudarem de posicionamento, de fato, não funcionam. O caso histórico de Cuba, há mais de seis décadas sob sanções, já deveria ter servido de exemplo quanto à ineficácia das medidas. A assimetria dos relacionamentos dos países com a Rússia e dos resultados das sanções impedem uma aplicação coerente de uma suposta unanimidade. E assim a guerra iniciada em fevereiro do fatídico ano de 2022 também deverá continuar em 2023. 

Observamos as inúmeras provocações norte-americanas à China, incluindo a desastrosa visita de Nancy Pelosi – ainda presidente da Câmara de Deputados até o início da nova legislatura em 2023 – querendo abrir um novo flanco de conflito global, ao tentar estimular um movimento de independência da província de Taiwan. Em pleno cenário de instabilidade global, a irracionalidade da ação somente poderia ser explicada por um governo perdido em sua política externa e na tentativa de manutenção do status quo como potência hegemônica. 

Tivemos, ainda, o falecimento de Sua Majestade, a Rainha Elisabeth II, a mais longeva da história britânica, que observou, num assento privilegiado, as grandes mudanças recentes da humanidade. Elisabeth II não foi uma grande liderança global, mas sim o maior exemplo serviço público abnegado na história. Desde o compromisso de servir até o fim da vida – curta ou longa – assumido na Cidade do Cabo, na África do Sul, aos 21 anos, até o último ato, aos 96 anos, de convidar Liz Truss – a chefe de governo que serviu menos tempo – Elisabeth II foi exemplar. 

Vimos Joe Biden perder a maioria no Congresso norte-americano. Mesmo com a economia em recessão, com inflação elevada, a situação de Biden somente não foi pior porque a agenda de costumes, particularmente a questão da liberação do aborto, se transformou no principal foco da campanha. Talvez tenha sido uma das poucas eleições norte-americanas em que o bolso – ou seja, “a economia, estúpido!” – não foi o elemento determinante do voto. Além disso, o Trumpismo como movimento político pouco contribuiu para o fortalecimento da imagem global dos Estados Unidos. 

No continente asiático, deu-se adeus, de forma violenta, a Abe Shinzo, o ex-primeiro ministro japonês que cativou ao mundo ao surgir como Super Mario nas Olimpíadas do Rio de Janeiro e por ter consolidado uma liderança longeva no politicamente instável Japão. Na China, houve manifestações quanto às medidas da Covid-19, ao mesmo tempo em que o presidente Xi Jinping consolidou um terceiro mandato à frente do Partido Comunista da China. 

Na África, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, segue instável em sua posição de liderança política em razão dos escândalos que afetam sua administração. O Marrocos, que vem consolidando uma posição de relevância maior, tanto no mundo árabe como africano, logrou o inesperado: o quarto lugar numa das Copas do Mundo que, se por um lado deixou um pouco a desejar em matéria de animação, por outro foi compensada com uma final entre França e Argentina como nunca se havia visto anteriormente, levando à vitória merecida dos argentinos. 

Na América Latina, a guinada à esquerda decorrente da péssima administração da pandemia da Covid-19 por governos mais à direita do espectro político cobrou seus efeitos. A instabilidade resultante da rejeição à constituição proposta no Chile e o impeachment do presidente peruano somente evidenciaram que a questão ideológica não é capaz de resolver os problemas de uma região que se esforça por transformar a década de 2020 em mais uma perdida. A ascensão de lideranças conspurcadas por escândalos passados tampouco serve de alento para uma melhora no quadro econômico e institucional da região. 

Agora, quando celebramos o Natal e nos preparamos para um novo ano, resta-nos exercitar a esperança para que o Menino de Belém, em quem a maioria dos brasileiros deposita a sua fé, torne 2023 menos agitado. O mundo precisa de um pouco de calmaria para se recuperar de uma pandemia que ainda prossegue e das várias turbulências de 2022.

Tags: opinião
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