O ministro-chefe da Casa Cívil, Ciro Nogueira, confirmou na noite desta sexta-feira (26), por meio de rede social, que o Brasil irá fechar as fronteiras aéreas para seis países da África, com objetivo de impedir a propagação da nova variante Ômicron da Covid-19, descoberta na África do Sul. O ministro anunciou que a portaria será publicada na próxima segunda-feira (29).
Entre os países que ocorrerá as restrições estão: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. A decisão da medida foi feita em comum acordo com os Ministérios da Economia, Saúde, Infraestrutura e Justiça.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Ômicron é a “variante da preocupação”, pela sua alta capacidade de transmissão, além de aparentemente ser resistente às vacinas desenvolvidas. A OMS também disse que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.
Com as preocupações da Ômicron, as bolsas ao redor do mundo desabaram nesta sexta e caíram forte. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 3,39%, cotado a 102.224,26 pontos. Nos Estados Unidos, o S&P 500 indicou -2,09% (4.603,20), o Nasdaq fechou em -2,23% (15.491,70), enquanto o Dow Jones fechou em -2,53% (34.899,34).
Na manhã de hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a adoção de medidas restritivas de caráter temporário em relação aos voos e viajantes procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. A agência também fez a indicação de quarentena, logo após o desembarque no Brasil, para viajantes brasileiros e seus acompanhantes legais, com origem ou histórico de passagem pelas seis nações nos últimos 14 dias que antecedem a entrada no país.
Durante a tarde, diversas nações impuseram restrições de viagem para países africanos, com temores da nova variante. Reinos Unido, Israel e Estados Unidos são alguns dos países que já fecharam suas fronteiras.
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