A fintech brasileira Vórtx está consolidando sua posição como um dos principais players no mercado de capitais, oferecendo uma estrutura tecnológica robusta e focada na modernização das operações financeiras. Em entrevista ao BM&C Business, Juliano Cornacchia, CEO da Vórtx, compartilhou a trajetória e os planos futuros da empresa.
Segundo Cornacchia, a ideia de fundar a Vórtx surgiu da necessidade de modernizar os serviços de backoffice do mercado de capitais, que ainda operavam de forma analógica. “Identificamos um nicho pouco explorado, onde os processos eram burocráticos e a tecnologia pouco aplicada”, explicou.
Fintech avança com crédito como serviço e governança corporativa
A Vórtx conquistou espaço no mercado ao adquirir uma licença de Sociedade de Crédito Direto, ampliando sua atuação com a oferta de crédito como serviço (credit as a service). Isso permitiu que a empresa oferecesse soluções completas para gestores e emissores financeiros, facilitando o crescimento do mercado.
A governança sempre foi uma prioridade, conforme destacou Cornacchia: “Construímos a Vórtx para operar sem a figura de um único dono, com foco em uma estrutura de governança sólida e preparada para uma possível abertura de capital.”
Tokenização e integração com reguladores impulsionam operações
Uma das grandes apostas da fintech é a tokenização de valores mobiliários. Cornacchia explicou que a tokenização é uma linguagem que simplifica operações complexas e transforma a forma como os ativos são negociados. “Queremos ser pioneiros nesse movimento e não apenas passageiros da transformação”, afirmou.
A empresa trabalha em estreita colaboração com o Banco Central e a CVM, buscando alinhar suas inovações às regulamentações. “O apoio regulatório foi essencial para testarmos soluções no sandbox regulatório, criando um ambiente seguro para novas tecnologias”, pontuou o CEO.
Futuro da Vórtx: expansão internacional e novas parcerias
Além de consolidar sua presença no Brasil, a Vórtx avalia a possibilidade de expandir suas operações para mercados internacionais, como Luxemburgo e Bahamas. “Nosso foco imediato ainda está no mercado brasileiro, que oferece desafios e oportunidades suficientes para o momento”, disse Cornacchia.
A fintech também está atenta a parcerias estratégicas, buscando colaborar com novos players e startups financeiras que precisam de infraestrutura robusta para crescer. A tokenização continua sendo uma prioridade, com novos testes e iniciativas em andamento.