
Nesta quinta-feira (2), os administradores da recuperação judicial da Americanas (AMER3), apontaram inconsistências na lista de credores da varejista.
Essas inconsistências podem aumentar o endividamento da com em R$ 6,7 bilhões, chegando a R$ 47,9 bilhões. Contudo, a Americanas nega e afirma que foram considerados valores duplicados para chegar a este cálculo.
Em relatório enviado à Justiça do Rio de Janeiro, os escritórios Zveiter e Preserva Ação, responsáveis pela RJ, indicaram que, ao consolidar os dados de endividamento da Americanas, totalizaram uma dívida de R$ 47,9 bilhões, acima dos R$ 41,2 bilhões que a varejista afirmou ter em dívidas.
Nesse sentido, a Americanas respondeu aos administradores que a diferença de R$ 6,7 bilhões se refere a uma emissão de debêntures pela Americanas para a JSM Global e B2W Digital, empresas que fazem parte do grupo e que também estão em recuperação judicial.
“As debêntures foram emitidas intragrupo apenas para criar um canal de transferência de recursos da Americanas S.A para as recuperandas estrangeiras, visando ao pagamento dos Bonds (as debêntures “espelham” os bonds)”, argumentou a Americanas.
“Ao considerar o endividamento consolidado das recuperandas, esse valor deve ser expurgado, sob pena de duplicidade. Há apenas uma dívida, decorrente da emissão dos bonds, e um canal intragrupo para remessa de recursos para o pagamento daquela dívida”, acrescentou.