Nove em cada dez brasileiros querem acessar informações digitais sobre a procedência e autenticidade das bebidas alcoólicas que consomem, segundo pesquisa da Sherlock Comms, a qual a AGÊNCIA DC NEWS obteve acesso via e-mail. “A preocupação com autenticidade e segurança ultrapassa o consumo imediato e se conecta com uma tendência mais ampla de confiabilidade”, afirmou o levantamento. O dado indica que a validação eletrônica, via QR Codes ou plataformas online, é o desejo dos consumidores como padrão de confiança no setor.
O estudo revela que somente 8% dos consumidores acreditam totalmente nas informações impressas nas embalagens. Outros 37% só confiariam nos dados se pudessem confirmá-los por meio de um canal oficial, como um site governamental, enquanto 27% consideram os rótulos suscetíveis à falsificação. A pesquisa também aponta que 47% dos entrevistados desejam consultar detalhes sobre ingredientes e procedência digitalmente. O interesse é maior entre os baby boomers (59%) – aqueles nascidos após a Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964 – e mais acentuado entre mulheres (51%) do que homens (43%). Além disso, 40% gostariam de receber alertas sobre contaminações e 33% valorizam informações sobre a reputação do produtor.
Ao serem questionados sobre ações que aumentariam a confiança, 45% citaram o selo de fiscalização da fábrica, 42% as campanhas antifalsificação e 38% a possibilidade de rastrear a origem via QR Codes. Entre os millennials – geração que comporta os nascidos entre 1981 e 1996 – o índice sobe para 42%. Apesar de a autenticidade ser responsabilidade compartilhada, 55% consideram que o governo deve liderar a fiscalização, seguido das destilarias (22%) e bares e estabelecimentos (18%).
As bebidas alcoólicas aparecem à frente de todas as outras categorias que os consumidores gostariam de rastrear, seguidas de alimentos (89%), medicamentos (88%) e cosméticos (65%). A pesquisa foi realizada em 7 de outubro de 2025 com 506 respondentes de todas as regiões do país, por formulário online. Participaram 113 pessoas da geração Z (18 a 28 anos), 206 millennials (29 a 44 anos), 143 da geração X (45 a 60 anos) e 44 baby boomers (61 a 79 anos). Entre os respondentes, 262 eram mulheres e 244 homens.
