O último trimestre trouxe muita volatilidade no mercado. Alguns dos destaques negativos foram os impasses em torno da imobiliária Evergrande e do mercado chinês, alta da inflação, crise energética e as instabilidades políticas. No mês de setembro, o Ibovespa iniciou aos 118,7 mil pontos e terminou aos 110,9 mil pontos, registrando um tombo de 6,5%.
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Para se proteger de incertezas, os investidores devem ficar de olho em alguns setores, que dependem menos do crescimento da economia. De acordo com Breno Bonani, analista-chefe de ações da VGR Asset, existem empresas na Bolsa que consegue crescer em cenários mais adversos. “No caso de varejo, dá para pensar em um cenário de inflação como a gente está vivendo agora, e vai persistir um pouco mais, por isso, é bom para o investidor ter ativos reais, porque isso defende ele da inflação a longo prazo”, avaliou o analista em entrevista exclusiva à BM&C News.
Além disso, Bonani também destacou que é uma estratégia viável o investidor ter no radar empresas varejistas que no fim do dia conseguem repassar parte da inflação, como é o caso de Assaí Atacadista, Lojas Renner e Magazine Luiza. “Empresas como a própria Petz, que é do setor de petshop, tem uma tese de que independe do crescimento do país e do consumo das pessoas”, destacou.
Na análise, Bonani ainda ressaltou empresas que trabalham com um ticket médio mais alto, como é o caso da Vivara, que tem como foco a classe A e B.
Outra empresa que o investidor deve prestar atenção, de acordo com o analista-chefe de ações da VGR Asset é a Hapvida. “A gente está falando de uma empresa cuja tese dela é o envelhecimento populacional, que no país tende a se acelerar ainda mais, quase que dobrar até 2040. Então, a gente vai precisar dessas empresas [e citou também Rede D’Or], vai precisar dos planos de saúde cada vez mais, e vai ficar mais recorrente por conta do envelhecimento populacional. São empresas que se você levar para o longo prazo na sua carteira vai haver uma diversificação muito boa”, pontuou.
Confira a análise completa:
