
Na manhã desta quarta-feira (5), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto participa do evento Brazil Investment Forum, do Bradesco BBI.
Durante sua participação, Campos Neto comentou sobre a nova regra fiscal, destacando que “o risco da trajetória da dívida foi eliminado”. Para ele, não existe uma relação mecânica entre fiscal e taxa de juros da forma como é colocado. “O mais importante é ver como as medidas afetam o canal de expectativas”, afirmou.
Em relação a gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do BC afirmou que é importante reconhecer seu esforço e destacou que, o que foi anunciado até agora elimina o “efeito de cauda” para aqueles que achavam que a dívida poderia ter uma trajetória mais explosiva.
Por outro lado, em outro momento do evento, Campos Neto comentou sobre a crise bancária global, ressaltando que houve uma sequência de eventos, que “poderia dizer que se não fosse os aumentos nos juros nos mais diversos países da forma como feito, talvez não não tivesse ocorrido esses efeitos, neste sequenciamento”, afirmou.
Desse modo, Campos Neto destacou a importância do sistema de metas, que a maioria dos países utilizam. No entanto, afirmou que há uma divisão entre os economistas em relação à meta. “Alguns dizem que a meta foi estabelecida no momento em que a inflação global era muito baixa, e a realidade é diferente agora. Por outro lado, alguns dizem que mudar a meta não ganha grau de liberdade, mas perde”, finalizou.