No recente debate no BM&C News sobre o movimento do dólar e a sua tendência de queda, Fabrizio Velloni, economista da Frente Corretora, destaca a fragilidade do cenário atual. Ele afirma que, apesar das recentes quedas, “a situação pode mudar rapidamente devido às incertezas fiscais e o impacto eleitoral previsto para 2026“. Isso implica que o monitoramento da política fiscal é essencial para os investidores.
A alta do dólar até a faixa de R$ 5,50 foi um claro indicador da sensibilidade do câmbio ao ambiente político. Investidores estão cada vez mais atentos às movimentações do governo e suas implicações para a economia.
Além do dólar: os impactos dos juros
Velloni ressalta que o carry trade, uma importante estratégia de investimento, “segue pressionado“, o que significa que investidores que tomam empréstimos em moedas de baixo rendimento para investir em ativos de maior retorno estão enfrentando dificuldades.
Além disso, a abertura da curva de juros nos EUA pode tornar o Brasil menos competitivo, o que eleva as preocupações sobre a continuidade da queda do dólar.
“O mercado reage principalmente ao risco fiscal e à falta de sinalização clara de cortes de gastos“, avalia.
Isso sugere que a insegurança em relação à sustentabilidade fiscal do Brasil pode levar a uma maior volatilidade na taxa de câmbio no futuro.
A ausência de um plano sólido de austeridade pode amplificar as incertezas e impactar negativamente a confiança dos investidores. Assim, a recuperação do real não está garantida e pode ser afetada por questões políticas e econômicas.
Como a política eleitoral afeta o mercado financeiro?
A iminência das eleições de 2025 traz à tona questões pertinentes sobre como a política pode influenciar o mercado financeiro. Velloni sugere que a instabilidade política poderia provocar uma desvalorização do real.
“Se o ambiente fiscal não for tratado com seriedade, a trajetória do câmbio pode enfrentar desafios“, afirma.
Com isso, os investidores devem se preparar para um cenário potencialmente turbulento que pode resultar de mudanças nas direções políticas e econômicas. Em um contexto onde a incerteza é mais proeminente, é crucial que os investidores adotem estratégias de mitigação de risco.
- Dicas para investidores:
- Acompanhar de perto o cenário fiscal.
- Estar ciente das implicações da curva de juros nos EUA.
- Considerar a diversificação nos investimentos para mitigar riscos.
O que os investidores devem esperar para o futuro?
O futuro do dólar e o comportamento do mercado financeiro estão intrinsicamente ligados ao rumo das políticas fiscais e eleitorais.
“Sustentação do dólar mais baixo depende da habilidade do governo em demonstrar um compromisso sólido com a redução das despesas“, sustenta Velloni.
Por fim, a volatilidade do real em resposta ao ambiente político só pode ser mitigada com medidas práticas e eficazes em política fiscal. Para os investidores, isso representa não apenas uma oportunidade, mas um desafio que exigirá vigilância e ação estratégica.











