A Justiça Federal de Ponte Nova (MG) absolveu as mineradoras Vale, Samarco e BHP das acusações de crimes ambientais relacionadas à tragédia de Mariana, ocorrida em 2015. A decisão foi tomada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, que substitui a magistratura na região.
A sentença declarou que não houve provas suficientes para condenar as empresas por crimes como destruição de bem protegido, poluição qualificada, omissão, obstrução de fiscalização e falsidade de documento. Além das mineradoras, 22 pessoas que estavam incluídas no processo também foram absolvidas.
Esse desfecho marca um ponto importante em um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil, cuja lama de rejeitos resultante do rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, destruiu vilarejos e causou a morte de 19 pessoas. A tragédia deixou um legado de danos ambientais severos e uma longa busca por justiça e reparação.
A absolvição de grandes mineradoras e de indivíduos envolvidos levanta questionamentos sobre a aplicação das leis ambientais e a capacidade de responsabilização em casos de grande impacto. A decisão pode ser contestada em instâncias superiores, trazendo possíveis novos capítulos para essa história judicial complexa e polêmica.
