
O Ibovespa sofreu uma guinada abrupta no final do pregão desta quinta-feira (9), após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ter publicado uma declaração de conciliação entre os três poderes, com ajuda do ex-presidente Michel Temer.
“Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, diz a declaração.
Às 16h30, a bolsa brasileira operava na casa dos 112 mil pontos. Após 15 minutos, o índice se recuperou e chegou a avançar mais de 2%.
O ex-presidente Temer falou à jornalista da CNN Brasil Thais Arbex que está auxiliando Bolsonaro para pacificar os ânimos. “Eu estou ajudando a pacificar o país. A nota é de harmonia entre os poderes. Não fiz mais do que venho fazendo em toda a minha vida pública”, disse.
Veja mais:
- Bolsonaro: ‘Nunca tive intenção de agredir quaisquer dos Poderes’
- Lira: Decisões judiciais precisam ser cumpridas, mas não as inconstitucionais
Com a declaração do presidente, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 1,72%, cotado a 115.360,86 pontos. O volume financeiro ficou forte em R$ 38,8 bilhões.
O dólar também virou e encerrou o dia em forte baixa de 1,85%, cotado a R$ 5,227.
Nos EUA, as bolsas fecharam em baixa. O S&P 500 encerrou o dia em -0,44% (4.494,20), o Nasdaq finalizou com -0,25% (15.248,30), enquanto o Dow Jones ficou em -0,43% (34.879,38).
Confira outros destaques desta quinta:
Lira: Decisões judiciais precisam ser cumpridas, mas não as inconstitucionais
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista coletiva na Câmara, que decisões corretas da justiça precisam ser cumpridas, mas as inconstitucionais, não.
“Ninguém é obrigado a cumprir decisão inconstitucional. Uma decisão correta da Justiça todos nós temos a obrigação de cumprir”, disse.
Lira também falou que as falas do presidente da República, Jair Bolsonaro, tem diferentes análises. “Isso aí é uma análise que o Supremo teve da fala [do presidente]. Existem outras análises. Nós vamos esperar para ver os acontecimentos. A princípio, a assessoria jurídica está acompanhando a fala na íntegra. Já temos alguns posicionamentos que falam que decisões inconstitucionais não seriam cumpridas”, afirmou.
Rosa Weber dá 48 horas para Bolsonaro explicar mudanças por MP no Marco Civil da Internet
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que o presidente Jair Bolsonaro explique as mudanças feitas por medida provisória no Marco Civil da Internet.
Partidos recorreram ao Supremo para suspender os efeitos da MP, sob a alegação de que as mudanças poderiam dificultar a derrubada de perfis em redes sociais que propagam informações falsas.
“Diante da natureza da medida liminar requerida, a qualificar a urgência da análise dos pedidos, e da relevância do problema jurídico-constitucional posto, requisitem-se informações prévias ao senhor presidente da República no prazo de 48h (quarenta e oito horas)”, determinou a ministra, em despacho.
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