O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira (09) em leve baixa, refletindo um pregão marcado por aversão ao risco, ruídos políticos e expectativa elevada pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O índice oscilou bastante ao longo do dia, mas perdeu força na reta final, pressionado especialmente pelo setor financeiro.
Apesar do vaivém dos mercados, o saldo final mostrou um investidor ainda defensivo. Além disso, o noticiário político voltou a pesar sobre o humor da Bolsa, enquanto o mercado monitora atentamente os próximos passos do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro.
O que puxou o Ibovespa para baixo?
O índice terminou o dia aos 157.981 pontos, queda de 0,13%, após oscilar entre mínimas próximas de 155 mil pontos e máximas acima de 158,8 mil ao longo da sessão. Por outro lado, o volume financeiro negociado girou em torno de R$ 23,5 bilhões, dentro da média recente.
O principal fator de pressão veio do setor financeiro, que reagiu negativamente ao aumento do ruído político após declarações de Flávio Bolsonaro sobre sua pré-candidatura em 2026, movimento que gerou desconforto no mercado. Nesse sentido, ações de grandes bancos recuaram e contribuíram de forma relevante para o desempenho do índice.
Quem subiu e quem caiu hoje?
Entre as maiores pressões de baixa, papéis bancários tiveram desempenho negativo, com quedas de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. Enquanto isso, empresas ligadas a commodities amenizaram o movimento: Vale fechou com ligeira alta e Petrobras registrou ganhos moderados.
Além disso, alguns destaques positivos surgiram ao longo da sessão. Ações de empresas como Prio e outras do setor de petróleo avançaram, beneficiadas pelo movimento internacional das commodities energéticas.
O mercado está se preparando para quê?
Nesse sentido, investidores seguem em compasso de espera pela chamada “super quarta”, quando o Fed e o Copom divulgarão suas decisões de juros. Por outro lado, mesmo sem mudanças imediatas esperadas no Brasil, o comunicado do Banco Central pode alterar expectativas para 2026, especialmente em um ambiente de ruído fiscal e eleitoral.
Enquanto isso, analistas destacam que a volatilidade deve permanecer elevada nos próximos pregões, já que o mercado ainda tenta calibrar cenários para a economia global e doméstica. Apesar da leve queda de hoje, algumas casas continuam projetando espaço para recuperação do índice ao longo dos próximos meses, com estimativas que chegam a apontar o Ibovespa acima de 180 mil pontos em 2026.













