O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira (25/11) em leve alta, avançando 0,41% e retomando os 155,9 mil pontos, impulsionado por um ambiente externo mais construtivo e pelo apetite ao risco em mercados emergentes. O movimento refletiu uma combinação de expectativas de corte de juros nos Estados Unidos, recuo do dólar e melhora no fluxo estrangeiro, que permanece consistente ao longo de novembro.
Além disso, investidores seguiram monitorando a comunicação do Banco Central brasileiro, que reforçou não haver, no cenário-base, perspectiva de elevação da Selic — ampliando a leitura de que o próximo ciclo será de flexibilização monetária. Enquanto isso, o dólar fechou em queda moderada, acompanhando o viés internacional de enfraquecimento da moeda americana.
O que mexeu com o mercado hoje?
No cenário global, as bolsas dos EUA operaram em tom positivo ao longo do dia, refletindo apostas cada vez mais firmes de que o Federal Reserve poderá iniciar cortes de juros em dezembro. Esse movimento reduziu a pressão sobre os yields e fortaleceu ativos de risco, beneficiando diretamente ações brasileiras de maior liquidez.
Por outro lado, o mercado acompanhou também a divulgação de dados econômicos norte-americanos considerados mistos, mas suficientes para reforçar a narrativa de desaceleração suave da economia — combinação vista como ideal para antecipar o início da flexibilização monetária nos EUA.
Quais setores se destacaram na sessão?
As ações de mineração e siderurgia apresentaram desempenho positivo, amparadas por preços mais firmes do minério de ferro no mercado internacional. Bancos também tiveram uma sessão de recuperação, contribuindo significativamente para o avanço do índice.
Enquanto isso, o setor de petróleo recuou após nova queda nos preços do Brent, pressionado por expectativas de oferta elevada para 2026 e pela leitura de que a demanda global pode perder força. Com isso, Petrobras fechou no campo negativo, acompanhada por outras empresas ligadas ao segmento de energia.
ECOR3 em destaque: por que a ação subiu?
Entre os movimentos específicos do pregão, Ecorodovias esteve entre as maiores altas após o reconhecimento, por parte das autoridades competentes, de um desequilíbrio econômico-financeiro em uma de suas concessões. A sinalização de reequilíbrio contratual melhorou a percepção de risco sobre o fluxo de caixa futuro da companhia.
- Vale e pares da mineração: sustentadas pela melhora do minério;
- Bradesco e grandes bancos: pregão de recuperação e giro elevado;
- Petrobras: pressionada pelo petróleo mais fraco;
- Ecorodovias: forte reação positiva com notícia regulatória.
O que esperar nos próximos pregões?
Investidores voltam atenções ao IPCA-15 de novembro, que pode ajustar expectativas para o início dos cortes da Selic em 2026. Nesse sentido, dados de inflação seguem determinantes para calibrar a curva de juros e o ritmo de entrada de capital estrangeiro no Brasil.
Enquanto isso, o foco internacional permanece voltado à próxima decisão do Federal Reserve, marcada para 10 de dezembro. Além disso, indicadores de consumo e confiança nos EUA deverão balizar o comportamento dos mercados globais nas próximas semanas.
















