O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (10) em alta de 0,69%, aos 159.074,97 pontos, retomando o movimento positivo após a leve realização observada no pregão anterior. O dia foi marcado por maior apetite ao risco, reflexo do ambiente externo mais favorável e da leitura mais benigna do IPCA de novembro.
No exterior, o corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica dos Estados Unidos reforçou a percepção de que o ciclo de flexibilização segue em curso. Com isso, ativos de risco encontraram suporte adicional, e as bolsas globais exibiram desempenho mais firme. Enquanto isso, o recuo dos rendimentos das Treasuries deu novo impulso ao fluxo para mercados emergentes.
Decisão do Fed melhora o humor global
A redução dos juros americanos, embora amplamente esperada, funcionou como catalisadora para um dia de retomada do otimismo. Investidores interpretaram a comunicação da autoridade monetária como alinhada a um processo gradual de afrouxamento, capaz de reduzir custos de financiamento e abrir espaço para uma reprecificação de ativos.
Além disso, comentários considerados moderados por parte de dirigentes do banco central americano ajudaram a sustentar a busca por risco no meio da tarde, fortalecendo tanto commodities quanto moedas de países emergentes.
Inflação doméstica surpreende para baixo
Na frente local, o IPCA de novembro veio abaixo das expectativas do mercado, aliviando preocupações sobre pressões inflacionárias no curto prazo. O dado abriu espaço para menor tensão na curva de juros, contribuindo também para o desempenho positivo de setores sensíveis ao custo de capital.
Por outro lado, investidores seguem atentos ao balanço fiscal e a eventuais sinalizações de política monetária no Brasil, especialmente após debates recentes sobre a trajetória da taxa Selic ao longo de 2026.
Vale puxa ganhos e ajuda índice a firmar alta
Entre os destaques corporativos, as ações da Vale tiveram dia de recuperação e ajudaram a sustentar o movimento de alta do Ibovespa. O desempenho foi influenciado por avanços no preço do minério de ferro e pelo clima mais favorável para empresas ligadas a commodities.
O que esperar daqui para frente?
Com o cenário internacional oferecendo algum alívio e a inflação doméstica surpreendendo positivamente, a expectativa é de que o mercado acompanhe os próximos indicadores para avaliar a consistência desse movimento. Relatórios de atividade, sinalizações do Banco Central e a evolução das discussões fiscais continuam no radar para definir o ritmo dos próximos pregões.

