O Ibovespa abriu o pregão em queda em um movimento alinhado às perdas exibidas pelos índices das bolsas norte-americanas no pré-mercado. O recuo nas ações de Petrobras e dos bancos prejudica a bolsa local, que segue mostrando dificuldades em aproximar-se da faixa dos 130 mil pontos. Há pouco, às 11h30, o Ibovespa caiu 0,56%, aos 126.881 pontos.
Entre as ações brasileiras, Vale caía 0,03%, enquanto Petrobras tinha quedas de 0,46% e 0,58% nas ordinárias e preferenciais. Nos bancos, Bradesco cedia 0,75% e Itaú perdia 0,94%.
LEIA MAIS:
- Ibovespa Futuro recua após inflação acima do esperado nos EUA
- B3 vai aportar R$600 mi em subsidiária de software para setor financeiro da Totvs
Operadores das mesas de renda variável avaliam que a proximidade do exercício de opções sobre Ibovespa, amanhã, tem influenciado o comportamento da bolsa brasileira, em meio à disputa entre comprados e vendidos. Para eles, é esse fator técnico que tem inibido o índice à vista em direção aos 130 mil pontos.
O movimento local tende a ser ditado pelas exportadoras de commodities, que devem reagir ao salto de mais de 30% nas exportações e importações chinesas em junho, acima do esperado. Lá fora, os contratos futuros do petróleo e do minério de ferro avançam.
Por aqui, ações de setores específicos reagem a ajustes importantes esperados na reforma tributária. Hoje, o relator do projeto de reforma do IR, Celso Sabino (PSDB-PA), apresenta parecer em reunião com líderes. No mercado doméstico, as ações que mais pesam no índice são do setor bancário e da Petrobras.
O CPI acima do esperado nos EUA foi um balde de água fria nos mercados acionários. Fez o DXY subir (agora +0,44%, aos 92,67 pontos) e os futuros de índices de ações aprofundarem a queda (Dow Jones -0,15%, S&P 500 -0,28% e Nasdaq -0,26%). Isso porque, em tese, os dados de inflação poderiam antecipar o tapering.
Destaques
Bradesco ON (BBDC3) cai 0,42% e BBDC4 -0,71%. Banco do Brasil ON (BBAS3) perde 0,61%, Itaú Unibanco PN (ITUB4) -0,67% e a Unit do Santander (SANB11) -0,85%. O petróleo está instável e prejudica Petrobras: PETR3 cai 0,49% e PEYR4 -0,69%. Há pouco, o Ibovespa caía 0,40%, aos 127.085,28 pontos.
Os papéis da Equatorial (EQTL3) registram a maior baixa do Ibovespa, com desvalorização de 2,44% (R$ 24). Também no setor de energia, CPFL (CPFE3) cai 1,67% (R$ 26,50). Weg (WEGE3) registra perda de 1,94% (R$ 34,89) e Embraer (EMBR3) realiza lucros, após a forte alta de ontem, recuando 1,68% (R$ 19,37). Na contramão do preço do petróleo no mercado internacional, Petrorio (PRIO3) cai 1,54% (R$ 19,14).
Ações da Eletrobras caem após sanção de Bolsonaro à privatização com vetos
Os papéis da Eletrobras recuam nesta manhã, depois da publicação no Diário Oficial da União (DOU) da sanção do presidente Jair Bolsonaro da lei que vai permitir a privatização estatal. O texto sofreu 14 vetos do chefe do Executivo e prevê a contratação compulsória de térmicas a gás e de outras fontes. Há pouco, Eletrobras ON (ELET3) recuava 0,44% (R$ 43,43) e Eletrobras PNB (ELET6) -0,28% (R$ 42,81).
Após compra de 12 marcas de medicamentos, Hypera lidera ganhos
As ações da Hypera (HYPE3) lideram as altas do Ibovespa nesta manhã, com valorização de 4,20% (R$ 35,71) depois de a empresa ter informado a compra de 12 marcas de medicamentos isentos de prescrição no Brasil, México e Colômbia, da Sanofi, por US$ 190,3 milhões.
Já Bradespar (BRAP4), que sobe 2,06% (R$ 78,69), aprovou a distribuição de R$ 600 milhões em dividendos extraordinários, o que corresponde a R$ 1,6189 por ação ordinária e R$ 1,7807 por ação preferencial.
Também entre as maiores altas do índice, TIM (TIMS3), que avança 1,30% (R$ 11,69) e Braskem (BRKM5) +1,21% (R$ 61,13). Metalúrgica Gerdau (GOAU4) registra elevação de 1,27% (R$ 14,34) após a alta de 0,29% do preço do minério de ferro no porto chinês de Qingdao.
EM ATUALIZAÇÃO*
Se inscreva no nosso canal e acompanhe a programação ao vivo: