
O Ibovespa encerrou em alta de 0,89%, cotado a 111.106,32 pontos nesta quarta-feira (29) em um dia de momento de recuperação, devido à forte queda do último pregão, que finalizou com baixa de 3,05%. Além do cenário internacional, com preocupações nos Estados Unidos com o teto da dívida no país, os investidores ficaram de olho nos indicadores econômicos domésticos.
Braskem (BRKM5) disparou 9,1%, retomando a valorização esboçada na véspera quando anunciou acordo com a mexicana Pemex, mas o movimento foi atropelado pela queda generalizada da bolsa.
JBS (JBSS3) evoluiu 6,2%. A empresa anunciou na segunda-feira conclusão da compra do negócio de carnes e refeições da Kerry no Reino Unido. E a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou nesta manhã que o Brasil negocia aumento nas cotas de exportação de frango para o Reino Unido. No setor, Marfrig (MRFG3) subiu 4% e BRF (BRFS3) ganhou 1,9%.
Petrobras (PETR4) resistiu à queda da cotação do barril de petróleo e subiu 1,6% após anunciar acordo para vender à chinesa CNOOC uma fatia extra de 5% no contrato de partilha do excedente da cessão onerosa no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, por 2,08 bilhões de dólares.
Entre as ações com as maiores altas, estão: Braskem (BRKM5: +9,06% – R$ 60,78); JBS (JBSS3: +6,22% – R$ 37,38); e Usiminas (USIM5: +6,15% – R$ 15,70) .
Entre as maiores quedas do dia, estão: Banco Inter PN (BIDI4: -3,70% – R$ 16,65); Banco Inter Unit (BIDI11: -2,84% – R$ 50,30); e Weg (WEGE3: -1,97% – R$ 39,87).
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Confira alguns destaques da bolsa nesta quarta:
Banco Inter (BIDI11; BIDI4)
As ações do Banco Inter (BIDI11; BIDI4) passaram por dias de queda muito forte. Nesta quarta-feira (29), as units fecharam em baixa de 2,84% (R$ 50,30), enquanto os papéis PN caíram 3,70% (R$ 16,65) às 16h20. Com isso, operam pelo segundo dia seguido nas maiores perdas da bolsa brasileira.
Entre os motivos das fortes baixas, estão as notícias de que a empresa fará um provisionamento em seu balanço. Segundo a CVM, trata-se de um passivo de prazos ou valores incertos, que deve constar no balanço das empresas. No caso do Banco Inter, a informação seria de que a provisão maior para perdas no balanço. Apesar disso, a empresa desmentiu.
Vale (VALE3)
Os papéis da empresa encerraram o dia em alta, apesar de ligeiras perdas nos últimos minutos. As ações subiram 1,27%, a R$ 75,80.
A mineradora Vale informou nesta quarta-feira que todos os 39 trabalhadores que estavam presos em mina subterrânea no Canadá voltaram à superfície, e que todos passam bem depois que o resgate foi concluído de forma segura.
“Trazer nossos 39 empregados seguros e saudáveis para casa era nossa principal prioridade e estamos felizes que nosso plano de emergência funcionou para conseguirmos esse resultado. Todos estão seguros agora e merecem nosso profundo respeito pela perseverança”, disse em nota o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, de Sudbury, no Canadá, após encontro com empregados e equipe de resgate.
M. Dias Branco (MDIA3)
Com a notícia de compra no fechamento da bolsa de terça, as ações da Dias Branco subiram forte hoje e fecharam em alta de 4,31%, a R$ 33,18.
A M. Dias Branco anunciou a aquisição da empresa Latinex Importação e Exportação de Alimentos pelo preço inicial de até R$ 180 milhões.
De acordo com o comunicado, o valor pode chegar até R$ 272 milhões se forem cumpridas determinadas metas de desempenho previstas no contrato de compra e venda.
PetroReconcavo (RECV3)
As ações da empresa oscilaram bastante nessa quarta, e apesar de estarem na parte final do pregão, viraram e encerraram em queda de 0,74%, a R$ 20,12.
A petroleira brasileira PetroReconcavo assinou contrato para o fornecimento de gás natural para a Companhia Potiguar de Gás (Potigás), responsável pela distribuição do insumo no Rio Grande do Norte, para entrega de 236 mil m³/dia, a partir de janeiro de 2022, informou a empresa em nota à imprensa nesta quarta-feira.
O gás fornecido à Potigás virá das 32 concessões operadas no Rio Grande do Norte pela Potiguar E&P, subsidiária da PetroReconcavo, desde 2019, quando a companhia concluiu a compra do primeiro Polo do desinvestimento de campos “onshore” (em terra) da Petrobras.
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