Com a atualização mais recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada em outubro, o Brasil deve terminar 2024 na 10ª posição entre as maiores economias do mundo, uma queda em relação à 8ª posição projetada em abril deste ano. O declínio reflete, em grande parte, a desvalorização do real que atingiu cerca de 13% entre abril e outubro.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, destaca que essa queda pode ser ainda mais acentuada devido à forte desvalorização do real em novembro, o que abre espaço para a Rússia ultrapassar o Brasil no ranking. “o Brasil pode cair para a 11ª posição, ampliando os desafios econômicos e políticos do país.”
PIB no terceiro trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este avanço reflete um cenário econômico de recuperação em áreas-chave, como serviços e indústria, mesmo com a retração na agropecuária.
O economista Álvaro Bandeira avaliou positivamente o desempenho do PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2024, destacando que os resultados ficaram “dentro do previsto, marginalmente acima”, impulsionados principalmente pelo setor de serviços e, em menor grau, pela indústria. Ele também chamou atenção para o crescimento da formação bruta de capital fixo, que teve um desempenho “bom e positivo para o futuro”, com a taxa de investimento atingindo 17,6%, embora ressalte a necessidade de expansão contínua. Por outro lado, Bandeira apontou a fraqueza nas exportações e no PIB agropecuário como pontos de atenção. Apesar disso, manteve sua expectativa de crescimento do PIB em 2024 entre 3,0% e 3,3%, observando que a política fiscal expansiva foi um fator que contribuiu para os resultados.
