A América Latina encerrou outubro com alta de 0,8%, ritmo mais lento em relação ao desempenho de outras regiões, como os mercados emergentes globais (+4,1%) e os Estados Unidos (+2,3%), segundo o relatório mensal do JP Morgan. Apesar da perda de tração, o banco destacou que o resultado acumulado em 2025 permanece positivo e reflete resiliência na região diante de um cenário global volátil.
Argentina lidera ganhos, mas México recua
A Argentina foi o destaque do mês, com avanço de 63,5%, impulsionada pela recuperação dos ativos locais e pela expectativa de estabilização política. Colômbia (+8,9%) e Chile (+7%) também apresentaram resultados expressivos, enquanto o México destoou com queda de 1%, pressionado pela fraqueza industrial e pela desaceleração das exportações para os Estados Unidos.
Entre as moedas latino-americanas, o sol peruano (+3,1%) e o peso chileno (+2,1%) se valorizaram frente ao dólar, refletindo fluxos de capitais mais favoráveis e estabilidade fiscal. Já o peso argentino (-4,8%) e o peso mexicano (-1,3%) registraram as maiores desvalorizações mensais, em meio a incertezas domésticas e ajustes monetários.
Brasil mantém ritmo moderado e cenário misto
No caso brasileiro, o MSCI Brasil avançou 0,7% em outubro, ligeiramente abaixo da média regional. O relatório do JP Morgan descreve um quadro misto: a inflação segue em desaceleração e o crédito continua em expansão, mas o consumo das famílias e o varejo mostram sinais de perda de força. Além disso, o desemprego voltou a subir levemente no mês.
O banco também destacou a aprovação da reforma do Imposto de Renda, considerada uma vitória política para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca sinalizar comprometimento com a agenda fiscal e de simplificação tributária.
Perspectiva regional segue positiva

Apesar da desaceleração observada em outubro, o JP Morgan avalia que a América Latina mantém fundamentos sólidos para encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentada pela moderação inflacionária, estabilidade cambial e recuperação gradual do investimento privado.
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