O senador Irajá Abreu (PSD-TO) defendeu a legalização dos jogos físicos no Brasil, afirmando que essa medida é essencial para alinhar o país às práticas internacionais e impulsionar a economia. “A experiência internacional demonstra que todos os países que legalizaram apostas responsáveis fizeram isso primeiro com o jogo físico e depois avançaram para o online. No Brasil, seguimos o caminho inverso”, destacou o parlamentar.
Segundo Irajá, a decisão do governo de priorizar a legalização dos jogos online foi motivada pela necessidade de arrecadar rapidamente. “O governo identificou que arrecadar com o online seria mais rápido, pois essas atividades já estavam em uso. Por outro lado, a construção de resorts integrados pode levar de dois a três anos para começar a operar”, explicou.
Apesar dos benefícios apontados, o tema não é consensual e promete novos debates no Congresso. Irajá e outros defensores acreditam que a regulamentação dos jogos físicos, além de estimular a economia real, gerará empregos e aumentará a arrecadação por meio de impostos.
Regulação e medidas de mitigação nos jogos online
No contexto atual, o mercado de apostas esportivas no Brasil passa por uma fase de transformação, e as discussões sobre seu impacto nas finanças das famílias e na sociedade têm ganhado espaço. “Precisamos disciplinar e calibrar o uso e a atividade dos jogos online. Não é aceitável que pessoas de programas sociais como o Bolsa Família estejam usando parte desses recursos em apostas. Não é esse o objetivo”, afirmou Irajá.
O senador mencionou que o governo já adotou medidas para mitigar o endividamento da população, como a proibição do uso de cartão de crédito para apostas. “A proibição do cartão de crédito foi uma forma de coibir o endividamento da população brasileira”, observou.
Perspectivas da indústria e cooperação com o governo
O presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Plínio Jorge, destacou a importância de regulamentar o mercado de forma responsável para evitar problemas como lavagem de dinheiro e vício. “Estamos dando um grande passo para que no próximo ano toda essa indústria esteja regulamentada”, afirmou.
Plínio reforçou que a ANJL tem colaborado com o Ministério da Fazenda para estruturar uma regulamentação que minimize os riscos e garanta a integridade dos jogos. “Nossa preocupação é garantir que tudo seja conduzido de maneira correta, com seriedade e respeito ao jogador”, comentou. A associação também promove campanhas de conscientização para assegurar que o mercado se desenvolva de forma sustentável e alinhada às expectativas sociais.