
A temporada de balanços trimestrais começou na última sexta-feira no Brasil, com os resultados da Hypera, e nos próximos dias, o mercado ficará movimentado com os números apresentados pelas empresas.
A Hypera teve lucro líquido de R$ 201,6 milhões no trimestre, baixa de 41,7% em relação ao mesmo período de 2020. Já o Ebitda das Operações Continuadas somou R$ 580,9 milhões no terceiro trimestre, alta de 47,6% na comparação anual.
Confira 5 empresas para ficar de olho nessa temporada de balanços, de acordo com o time de analistas da SaraInvest, liderado por Marco Saravalle:
Petrobras (PETR3; PETR4)
A produção da Petrobras caiu 2,8% no terceiro trimestre deste ano contra igual período do ano passado, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Entre julho e setembro, a estatal produziu 8,409 milhões de barris de óleo equivalente (boe), ante 8,640 milhões de boe no mesmo período de 2020.
Apesar da queda, o preço do barril de petróleo e o preço dos combústiveis deixam a companhia em situação vantajosa nesse trimestre. “Enxergamos um cenário muito positivo para o resultado da Petrobras. Com o preço do Brent médio em um patamar alto, comparando historicamente um preço elevado no preço do gás e um câmbio relativamente alto no período, a companhia irá ser afetada positivamente destes fatores”, destacam.
Outro ponto que foi levantado pelos analistas é a situação das chuvas no país: “Lembrando que a companhia ainda está beneficiando-se da crise hídrica negociando com o governo em reflexo da sua geração de energia térmica para suprir a escassez de energia”.
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Taurus (TASA4)
Depois de apresentar um resultado positivo no segundo trimestre, com um aumento de 87% em seu lucro bruto no primeiro semestre de 2021 quando comparado ao resultado do mesmo período em 2020, a Taurus aparenta mostrar mais um balanço significativo.
“Esperamos que o 3T21 da Taurus deva, mais uma vez, surpreender positivamente o mercado. Com produção a todo vapor e maior ticket nos EUA, a companhia deve manter, ou até mesmo aumentar, as altas margens vistas nos últimos trimestres”, destacam.
Os analistas da SaraInvest ainda enfatizaram novidade em relação à produção. “Esperamos novidades quanto ao condomínio de empresas da Fábrica de São Leopoldo, que deve começar a produzir no próximo ano; avanços na JV indiana; e possíveis pagamentos de proventos para o fim do ano. De modo geral, os resultados serão fortes”, afirmam.
JBS (JBSS3)
A maior processadora de carne global anunciou ter fechado acordo para comprar 100% das ações da empresa Huon Aquaculture, segunda maior produtora de salmão da Austrália. Com essa movimentação, a companhia pretende entrar para o setor de aquicultura. Além disso, os analistas avaliam que a maior demanda por carne favoreça a companhia.
“Acreditamos que o resultado de JBS deve vir forte por conta da manutenção do super ciclo do gado nos EUA, que corresponde a 40% da empresa. A vasta oferta de gado, alinhada à dificuldade na expansão da capacidade de abate por causa da falta de mão de obra (pleno emprego americano) impulsiona os resultados da companhia”, disseram.
Vivara (VIVA3)
Os analistas avaliam que a empresa apresentará resultados positivos, apesar do setor de varejo mais negativo. “O resultado de Vivara virá consistente de tal maneira a refletir nossas expectativas de consumo do público alvo da companhia – a companhia atua em uma classe de renda mais alta, logo, mais resiliente e não deve sofrer com a perda no poder de compra de classes médias/baixas e com a nebulosidade do atual cenário macro”, afirmam.
Apesar disso, os resultados do ano passado foram muito positivos: “Única ressalva é a forte base comparativa do 3T20 onde a companhia centrou aumento de preços e reuniu grande parte de seus lançamentos de novas coleções”.
Ferbasa (FESA4)
A empresa é esperada para ter um dos melhores resultados no terceiro trimestre deste ano, destacam os analistas. “Entendemos que o resultado do 3T21 da Ferbasa seja um dos melhores da história da companhia, pois parte das vendas que seriam realizadas no 2T21 foram postergadas para o 2° semestre do ano, retomada da operação do maior consumidor nacional, maior utilização da capacidade produtiva, acima de 85%, aumento de 30% no preço do ferrocromo e aumento de 25% no preço do ferro silício, além de um dólar médio praticado maior que o do 2T21 e 2T20”.
“Ademais, a companhia fez o counter hedge da do câmbio que prejudicava o resultado financeiro e, por consequência, o lucro líquido da companhia. Esperamos uma robusta geração de caixa e distribuição de dividendos para este 2°semestre.”
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