
Na noite da última segunda-feira (6), a Movida (MOVI3) divulgou ao mercado o balanço do quarto trimestre de 2022, em que reportou um lucro líquido de R$ 17,8 milhões, montante 93,6% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021.
A locadora de veículos apresentou uma taxa de depreciação anualizada do aluguel de veículos (RAC) em 10%, crescendo acima do 3T22, refletindo um mix de veículos mais premium. Na divisão de Gestão de Frotas (GTF), a depreciação aumentou para 5%, também acima registrado no trimestre anterior, o que pressionou as margens junto ao cenário de maiores custos de pessoas e manutenção, registrando uma margem EBITDA com queda de 53% ano contra ano.
Mesmo com diárias de RAC subindo 16% em comparação com o trimestre anterior e aumento do preço da diária em 22% comparado com o 4T21, o maior custo de capital pressionou os resultados, aliado a uma concorrência mais acirrada.
De acordo com a locadora de veículos, a queda do lucro foi impulsionada pelo aumento da taxa básica de juros, que causou uma despesa financeira líquida 140,7% maior ano a ano.
O investidores também ficarão de olho na normalização do fornecimento de frota e as condições de compras, além do comportamento de margens dos seminovos e RAC, além da alavancagem financeira, que mostrou melhora em comparação ao último trimestre, saindo de 3,1x para 2,8x DIV.LIQ/EBITDA.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 858,2 milhões no 4T22. Um crescimento de 10,5% em relação ao mesmo período no ano anterior. A margem Ebitda atingiu 65,7% entre outubro e dezembro, baixa de 17,6 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.
No quarto trimestre de 2022, a receita líquida da Movida somou R$ 2,711 bilhões no quarto trimestre deste ano. Ou seja, um crescimento de 55,7% na comparação com igual etapa de 2021.