O Itaú Unibanco apresentou um desempenho sólido no terceiro trimestre de 2025, alcançando um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,9 bilhões. O resultado representa um avanço de 11,3% em relação ao mesmo período do ano anterior e ficou em linha com as expectativas do mercado, que projetavam um lucro próximo de R$ 11,87 bilhões. Além disso, o banco manteve a trajetória de crescimento sustentado, apoiado por ganhos de eficiência e pela expansão de sua carteira de crédito.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) consolidado subiu para 23,3%, frente aos 22,7% observados em 2024. No Brasil, o indicador atingiu 24,2%, reforçando a liderança do Itaú entre os grandes bancos do país. Enquanto isso, a margem financeira com clientes avançou 11% na comparação anual, impulsionada tanto pela maior rentabilidade das operações quanto pela expansão do crédito.
Quais setores impulsionaram o crescimento do Itaú?
A carteira de crédito total, incluindo garantias e títulos privados, somou R$ 1,402 trilhão, um crescimento de 6,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No segmento de pessoas físicas, o avanço foi de 6,5%, com destaque para:
- Crédito imobiliário: +15,2%
- Cartão de crédito: +6,7%
- Crédito pessoal: +3,8%
Além disso, o índice de inadimplência acima de 90 dias permaneceu em 1,9%, um dos menores da história recente da instituição. No segmento de pessoas físicas no Brasil, o índice atingiu o melhor nível desde o início da série histórica, sinalizando qualidade na originação e no controle de risco.
Receitas, despesas e eficiência operacional em destaque
As receitas com serviços e seguros cresceram 7,1% em relação ao terceiro trimestre de 2024, impulsionadas por maiores ganhos com emissão de cartões, expansão nas operações de pagamentos e alta de 17,8% na carteira de seguros. Nesse sentido, o aumento nos prêmios foi um fator relevante para o desempenho do segmento.
Por outro lado, as despesas não financeiras totalizaram R$ 17,2 bilhões, com aumento de 7,6% na comparação anual. O banco atribui o crescimento ao contínuo investimento em tecnologia — tanto em infraestrutura quanto em pessoal — e ao impacto dos reajustes coletivos aplicados a partir de setembro de 2025.
Enquanto isso, o índice de eficiência no Brasil recuou para 37,7%, o melhor resultado para um terceiro trimestre na história do Itaú. O desempenho reflete a combinação de ganhos de escala, produtividade e digitalização dos processos internos.
Projeções e perspectivas para o restante de 2025
O Itaú revisou sua projeção para a linha de margem financeira com o mercado, passando a estimar um crescimento entre R$ 3,0 bilhões e R$ 3,5 bilhões até o fim de 2025. Essa revisão reflete uma atuação mais positiva das mesas de trading e um cenário de resultados financeiros acima das expectativas iniciais. Em síntese, o banco segue reforçando sua estratégia de crescimento sustentável e foco na rentabilidade de longo prazo.
















