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Israel: o que a “Nação das Startups” pode nos ensinar sobre o ecossistema de inovação e investimentos

Alexandre Cracovskyby Alexandre Cracovsky
03/04/2023

Nas últimas semanas, Israel tem ocupado as manchetes de jornal por conta dos protestos da população contra a reforma judicial proposta pelo governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Mas não é sobre isso que vou falar.

Quero compartilhar como pude ver e entender de perto, o motivo pelo qual o país é conhecido como a “Nação das Startups”. Em março, tive a oportunidade de realizar uma imersão na Technion, Instituto Israelita de Tecnologia fundado em 1924 e por onde já passaram três prêmios Nobel. 

Foram sete dias repletos de troca de conhecimento e aprendizado com investidores, founders, corporações, aceleradoras, acadêmicos, candidatos ao MBA de diferentes lugares do mundo e colegas da FGV: Fábio, Luiza, Patrícia e Sérgio, executivos de referência. A experiência foi tão intensa que não cabe em um artigo só, então, dividirei o tema em duas partes. Vamos lá!

Fiquei impressionado em ver como um país relativamente pequeno, no meio do deserto, marcado por conflitos geopolíticos e culturais em suas fronteiras, tem sido capaz de criar e promover um número notável de startups que contribuem significativamente para a indústria global de tecnologia. Foram mais de 90 unicórnios (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão), segundo dados recentes divulgados pela TechAviv, clube e fundo global de fundadores israelenses. 

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Algum nome familiar na lista abaixo?

Um exemplo de inovação israelense que você provavelmente já usou no dia a dia, o Waze, aplicativo que te leva para o trabalho pela melhor rota, foi vendido para o Google por US$ 1,3bi em 2013. Outro grande case foi a Mobileye, empresa de direção autônoma que foi adquirida pela Intel em 2017 por US$ 15,3 bilhões. Então o que será que torna Israel um terreno tão fértil para startups? Existem diversos fatores, mas vou listar os três que, para mim, são os principais. 

1. Cultura de inovação e empreendedorismo

Israel possui uma cultura de inovação e empreendedorismo arraigada, que se reflete no investimento feito em P&D e na quantidade de startups e fundos de Venture Capital existentes no país. Segundo o Centro de Pesquisa Israelense (IVC), as transações de M&A, buyouts e IPOs referentes às startups de tecnologia atingiram US$ 22,2 bilhões, de 238 deals, em 2021.

Gosto bastante da definição da professora estadunidense Teresa M. Amabile para a palavra inovação. Para ela, inovação é a “implementação bem-sucedida de ideias criativas por uma organização”. Sozinha, uma ideia inovadora não vale nada, é preciso ter ação.

Pude ver que essa combinação acontece na prática. Em todas as esferas – acadêmica, governamental e empresarial – existe um entendimento que falhar não é ruim, faz parte da vida e devemos aprender com ela. Nesse sentido, a inovação baseia-se na oportunidade das pessoas tentarem e falharem. 

Com relação ao empreendedorismo, é arraigada uma cultura horizontal. Durante a viagem a Efrat Margolin, responsável pelo programa de MBA, me contou que ela tem liberdade, por exemplo, para mandar uma mensagem diretamente para o Reitor da faculdade sem precisar alinhar com os chefes diretos. Algo que acontece também nas empresas entre colaboradores e o CEO. 

2. Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento

O segundo fator é o histórico de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que Israel possui. Desde 2000, o país investe pelo menos 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em P&D, atingindo a marca de 5,4% em 2020, quase o dobro da média das nações que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com 2,7%. O Brasil, por sua vez, não evoluiu ao longo dos últimos vinte anos, se mantendo na casa de 1%. É uma diferença significativa. 

Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como % do PIB – Fonte: OCDE

O investimento pesado de Israel em P&D contribuiu para a geração de uma força de trabalho altamente qualificada e uma riqueza de propriedade intelectual. Isso também pode ser observado na quantidade de centros de Pesquisa e Desenvolvimento espalhados pelo país; só de empresas multinacionais são 500, dentre as quais a ABInbev, Google, Intel, Merck, Oracle e Samsung.

A Intel, por exemplo, possui 8 mil colaboradores dedicados à P&D só em Israel. Durante o tempo que estive lá, tive a oportunidade de visitar o centro de pesquisa da companhia e ver, na prática, como eles abordam e aplicam a inovação em suas operações. A inovação na Intel acontece em 3 esferas:

1. Random innovation, ou seja, ao acaso, por acidentes de sorte. Nestes casos, a inovação se dá por meio de artigos, criadores e/ou eventos.

2. Inovação interna: programas de inovação, hackathons, desafios, patentes, intraempreendedorismo e comunidades.

3. Inovação externa: a empresa possui um fundo próprio de VC, o iCap, e uma incubadora, a Ignite. Além disso, investe pesado no scouting de startups, por meio das lideranças de cada unidade de negócio e do relacionamento próximo com universidades.

3. Suporte governamental para o ecossistema de inovação

O terceiro fator que torna Israel um terreno fértil para startups é a existência de uma sólida estrutura de apoio para o ecossistema de inovação, incluindo incentivos fiscais, incubadoras, aceleradoras e fundos de Venture Capital. Gostaria de destacar dois modelos de centros de inovação que operam no país.

No centro da Road2, a startup recebe um suporte robusto, com direito a um time de desenvolvimento de produto e conexões em troca de equity —  geralmente de 5% a 10% da sua participação. Após ceder parte do equity, a startup passa por um programa de aceleração de 6 meses, período em que deverá se provar. Existem dois desfechos possíveis: ou a startup erra e sai do programa, ou acerta e passa a participar de rodadas de investimento capitalizadas pela aceleradora.

O outro formato, é o gerido pelo HiCenter, onde tive a oportunidade de conversar com a mente brilhante por trás da iniciativa, o Lior Hanuka, CEO. A minha reação foi: precisamos trazer isso para o Brasil.

O HiCenter é uma instituição governamental que apoia startups a levantarem recursos —  só nos últimos dois anos foram US$ 250 milhões. Além disso, ajudam no desenvolvimento do negócio, criam pontes com a indústria, clientes e investidores, e oferecem toda infraestrutura necessária para os funcionários, como escritórios e alimentação; tudo isso sem pedir nenhuma participação em troca. 

O que o centro e o governo Israelense ganham com isso? O único “favor” que eles pedem, é que a empresa permaneça em Haifa — cidade onde a instituição está localizada — por 5 anos. Resultado? Desenvolvimento para a cidade! Empregos! Impostos! Um verdadeiro exemplo de como o governo pode apoiar o ecossistema e se beneficiar com isso. Se você gostaria de implementar um projeto similar no Brasil, vale um papo com o Lior. 

Somado aos três fatores que listei, podemos citar ainda a situação geopolítica única em que Israel se encontra. O país já enfrentou inúmeros desafios de segurança, o que levou a uma cultura de resiliência e resolução de problemas complexos. 

A Nação das Startups

O resultado disso tudo é refletido nos números da bolsa de valores de Tel-Aviv: quase 50% são empresas de alta tecnologia. Aqui no Brasil, a B3 possui 475 empresas listadas, com uma concentração nos setores financeiro, petróleo e mineração.

Fonte: Tel-Aviv Stock Exchange

Um outro ponto interessante da TASE (Tel-Aviv Stock Exchange) que poderia ser implementado pela nossa bolsa de valores, a B3, é que os novos IPOs são todos “dual-listing”, ou seja, as empresas abrem o capital tanto em Israel quanto na bolsa de Nova Iorque ou Londres ao mesmo tempo. O que isso gera? Mais liquidez, maior tempo de negociação e exposição global.

São muitos os aprendizados que conseguimos trazer para o Brasil e para as nossas corporações. Algumas iniciativas nacionais já merecem destaque como o ecossistema de conexões entre empresas e startups, promovido pela Liga Ventures, e a faculdade que possui sua própria aceleradora, a Link School of Business.

Concluo esse artigo com o seguinte pensamento: as startups não vão substituir as corporações, mas as corporações que aprenderem a colaborar com as startups vão substituir aquelas que não o fizerem.

O que faz um pitch de sucesso? Como sair de startUp para scale-Up? O que as corporações podem aprender com as startups? Cenas para o próximo artigo…

*Alexandre Cracovsky é vice-presidente na ADVISIA Investimentos, onde assessora empresas em transações tanto no sell-side quanto no buy-side.

Tags: Israelopinião
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