Recentemente, debates sobre a estruturação do Campeonato Brasileiro, o famoso Brasileirão, voltaram a ganhar destaque. Os clubes da Série A demonstram interesse em assumir uma posição mais ativa na administração do torneio. O tema ressurge em meio a críticas direcionadas à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que atualmente supervisiona a competição.
Dirigentes de diversos clubes, incluindo o presidente do São Paulo, Julio Casares, apontam problemas na maneira como o Brasileirão é vendido e administrado, especialmente em relação ao mercado internacional. Eles sugerem que uma administração coletiva dos times poderia trazer melhorias significativas para o evento esportivo.
Por que os clubes desejam assumir o controle?
A ideia de que os clubes organizem o Campeonato Brasileiro não é nova, mas vem ganhando força à medida que surgem cada vez mais queixas sobre a gestão da CBF. Os presidentes de clubes alegam que a entidade está sobrecarregada com tarefas diversas, o que inclui a administração de seleções, questões de calendário e o uso do VAR.
Nesse contexto, os clubes enxergam uma oportunidade de proporcionar uma administração mais focada e eficiente para o Brasileirão, melhorando aspectos como a infraestrutura dos estádios e a qualidade do esporte oferecido aos torcedores, tanto nacional quanto internacionalmente. Além disso, a possibilidade de aumentar a rentabilidade do campeonato é outro fator atrativo.
Quais são os desafios enfrentados na atual estrutura?
A administração do Campeonato Brasileiro enfrenta diversos desafios, começando pela má qualidade da infraestrutura em muitos estádios. Problemas com gramados, sistemas de iluminação e instalações para jogadores e torcedores são frequentemente levantados pelos dirigentes. Simultaneamente, o calendário apertado e pouco flexível é um constante alvo de críticas.
Adicionalmente, como o campeonato é comercializado para o público internacional, vem sendo considerada insatisfatória. Com maior controle sobre a organização, os clubes acreditam que poderiam atrair melhores patrocínios e parcerias internacionais, valorizando a marca do Brasileirão em todo o mundo.
Como os clubes planejam assumir o controle?
A proposta de criação de uma liga independente, gerida pelos próprios clubes, vem sendo estudada como uma solução viável para os atuais problemas administrativos. Essa liga poderia funcionar de maneira semelhante às associações que conduzem grandes ligas de futebol no exterior, como a Premier League na Inglaterra.
A formação de uma liga requereria união e cooperação entre os clubes, além de um planejamento detalhado que inclua estratégias para gestão financeira, distribuição de receitas e regulação de competições. Os clubes acreditam que, ao tomarem as rédeas, conseguirão assegurar uma administração mais alinhada com os seus interesses e, consequentemente, mais lucrativa.
O que esperar do futuro do Brasileirão?
Na perspectiva do futuro imediato, o Campeonato Brasileiro de 2025 ainda deverá ser gerido pela CBF, mas os clubes já trabalham para que mudanças significativas possam ocorrer em 2026. A pressão por mudanças representa um passo importante na história do futebol brasileiro, que busca alinhar-se mais estreitamente com as melhores práticas internacionais no esporte.
Com uma decisão conjunta e estratégica, os clubes da Série A têm o potencial de reinventar a competição, tornando-a não apenas mais atrativa para investidores e telespectadores, mas também mais sustentável para o esporte local. Observadores do futebol acompanham com atenção os movimentos dessa transformação, que poderá redefinir o cenário esportivo no Brasil.
