
Empresas especializadas em blindagem de veículos passaram a relatar que estão com suas as atividades paralisadas no Brasil devido ao Decreto 11.366/2023, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de janeiro.
A canetada do atual presidente revoga o Decreto 10.030, de 30 de setembro de 2019, que facilitou o acesso a armamentos. Na prática, a situação suspende os registros para aquisição e transferência de armas e munições de uso restrito, dentre outras medidas.
Dessa forma, esse contexto acabou suspendendo temporariamente a autorização de blindagem de veículos e a transferência de carros blindados, o que deixa essas empresas de mãos atadas. Pelo menos, por enquanto.
De acordo com o presidente da Abrablin (Associação Brasileira da Blindagem), Marcelo Silva, a situação das companhias especializadas na blindagem dos veículos só se dá porque o decreto foi mal redigido.”Ficamos no mesmo pacote das armas e pegamos a rebarba. A gente tem de trabalhar”, explica Silva em nota.
A Abrablin também se pronunciou e afirmou que “sempre trabalhou em prol de registros e controles” A entidade diz, também, que ” a relação com os órgãos reguladores é de cordialidade para contribuir com as Forças Armadas no sentido de fazer um mercado sério e controlado, dentro de uma condição que seja factivel para as empresas, consumidores e órgãos reguladores”.
Ainda de acordo com a Abrablin, no ano passado 25.900 veículos foram blindados. Em 2021 foram 20.024 unidades. Em um ano, o aumento no número de blindagens foi de quase 30%. Assim como os preços subiram diante da demanda e dos insumos mais caros.