O 9º Painel do Grupo GCB reuniu nesta quarta-feira (29), em São Paulo, empresários, economistas, atletas e investidores para discutir o papel da tomada de risco nos investimentos. O evento destacou que o risco, quando calculado com inteligência, é parte essencial do crescimento econômico, da inovação e do desenvolvimento social.
Ao longo do dia, o tema foi abordado sob diferentes perspectivas, do mercado financeiro à alta performance esportiva, reforçando que assumir riscos faz parte das grandes conquistas, seja nos negócios ou na vida pessoal. O encontro também marcou o anúncio da consolidação das empresas do grupo sob a marca GCB.
“Risco é o motor do crescimento econômico”, diz fundador da GCB
Para Gustavo Blasco, fundador do Grupo GCB, o evento foi uma oportunidade de troca de experiências entre nomes que conquistaram resultados concretos em suas trajetórias. Ele destacou que o objetivo é sempre reunir pessoas que possam inspirar com histórias reais de superação e sucesso.
“A gente gosta de trazer pessoas que não são apenas empresários de palco, mas que conseguiram realizar durante sua vida. Eu tenho bastante convicção que a tomada de risco leva ao crescimento econômico e social. Se você não tomar certos riscos, você não empreende, não investe e nem cresce com qualidade”, afirmou Blasco.
Como a tecnologia amplia o acesso aos investimentos?
Um dos pontos altos do evento foi a fala de Bruno Gomes, superintendente de securitização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que abordou o papel da tecnologia na democratização dos investimentos. Segundo ele, as inovações estão aproximando investidores e empreendedores de forma inédita.
“A tecnologia está viabilizando uma maior diversificação dos investimentos e facilitando o acesso de empreendedores ao capital. Isso traz mais eficiência na alocação de recursos e contribui diretamente para o desenvolvimento econômico”, explicou.
Alta performance e risco: o paralelo entre esporte e finanças
O campeão olímpico César Cielo levou ao público uma visão inspirada no esporte de alto rendimento. Ele comparou o ambiente competitivo das piscinas com os desafios do mercado financeiro, ressaltando a importância de controle emocional e adaptação constante.
“Quem trabalha no mercado financeiro tem o mesmo nível de extremismo que um atleta de elite. Existem fatores que você não controla, seja o adversário, a economia ou a política, então o segredo é se adaptar e aproveitar as oportunidades”, destacou o ex-nadador.
O economista Marcos Lisboa, defendeu que o crescimento sustentável do país depende da coragem para enfrentar distorções e privilégios que travam a economia. Ele lembrou que a sociedade também precisa cobrar reformas estruturais e coerência fiscal.
“Muito do que o governo faz reflete as demandas da sociedade. Todos querem subsídios e isenções, mas isso gera um sistema disfuncional que faz o país crescer menos. É possível superar isso, como vimos no governo Temer, mas o desafio é manter a agenda sem precisar de novas crises”, avaliou Lisboa.
Entre modelos econômicos, histórias de superação e visões de futuro, um consenso se formou no encontro: assumir riscos com inteligência e responsabilidade é essencial para impulsionar investimentos, fomentar inovação e preparar o Brasil para um novo ciclo de crescimento.