Um novo modelo de aquisição imobiliária tem ganhado espaço entre brasileiros, especialmente entre aqueles que vivem no exterior e buscam ampliar patrimônio no país. Chamado de auto quitação, o sistema combina consórcio imobiliário com locação por temporada, permitindo que o próprio imóvel gere a renda destinada ao pagamento das parcelas. Além disso, a lógica reduz a necessidade de desembolso mensal e abre espaço para lucros já nos primeiros meses.
Com rentabilidades que chegam a 1,4% ao mês, a estratégia tem sido vista como alternativa ao financiamento tradicional, marcado por juros elevados e compromissos longos com bancos. Nesse sentido, o consórcio imobiliário — que não cobra juros e oferece parcelas mais acessíveis — se torna o ponto de partida para que o investidor obtenha a carta de crédito, compre uma unidade preparada para locação e utilize a receita do aluguel para amortizar o valor restante.
Como funciona esse modelo na prática?
De acordo com Pedro Ros, CEO da Referência Capital, o processo é estruturado de forma a simplificar cada etapa. “Você adquire o bem via consórcio, recebe a carta de crédito, compra um imóvel já formatado para temporada e direciona a renda obtida nas plataformas para quitar as parcelas restantes”, afirma. Por outro lado, o investidor pode ainda obter lucro imediato caso a ocupação supere a previsão inicial.
Enquanto isso, a estratégia tem sido impulsionada pelo câmbio favorável para expatriados. Com dólar e euro valorizados frente ao real, brasileiros que vivem fora encontram maior poder de compra no mercado nacional. Além disso, ao adquirir unidades em regiões com alta demanda turística ou corporativa, os investidores se beneficiam da liquidez garantida pelas plataformas de curta permanência, como Airbnb, Housi e Charlie.
Por que a estratégia cresce entre brasileiros no exterior?
Nesse sentido, a Referência Capital estrutura uma consultoria completa para quem vive fora do país, atuando desde a escolha dos imóveis até a administração da carta de crédito e a gestão da unidade. A empresa também passou a operar o Referência Bank, braço financeiro que facilita o envio de recursos ao Brasil com taxa de câmbio de apenas 0,38% — bem inferior aos até 2,5% praticados por grandes plataformas.
Segundo Ros, a proposta representa mais do que uma oportunidade pontual. “Ao transformar o imóvel em um ativo de renda previsível, o modelo de auto quitação possibilita construir patrimônio de forma inteligente, com menor exposição ao risco e maior capacidade de planejamento”, reforça.
A estratégia pode se tornar tendência no mercado imobiliário?
A expectativa da empresa é superar R$ 1 bilhão em consórcios negociados até o fim de 2025, ampliando a oferta de imóveis preparados para esse tipo de operação. Além disso, a abertura da filial em Nova York fortalece a presença internacional da companhia, que mira um público cada vez mais interessado em combinar segurança e rentabilidade.
- Atingir R$ 1 bilhão em consórcios até 2025
- Atuação em 32 países com foco em expatriados
- Taxa de câmbio de 0,38% para entrada de recursos
- Rentabilidade estimada em até 1,4% ao mês
Por fim, o modelo se consolida como alternativa para quem deseja diversificar investimentos, planejar a aposentadoria no Brasil ou simplesmente transformar um imóvel em uma fonte de renda que se paga sozinha.
















