Nos últimos dez anos o número de jovens empreendedores aumentou 23%, segundo o Sebrae. A Geração Z está mudando a dinâmica do mercado com uma transformação digital e novas abordagens para a gestão de negócios. A estrutura menos hierárquica das startups permite que esses empresários tenham maior autonomia e flexibilidade para moldar a empresa conforme suas visões e valores.
Segundo uma pesquisa da ZenBusiness, plataforma para pequenos negócios dos Estados Unidos, 93% da Geração Z foi em busca de construir seu próprio negócio. O estudo entrevistou mil jovens, entre 18 e 25 anos, e revelou que 82% deles dizem que são mais aptos para serem empreendedores do que para seguir uma carreira tradicional.
Só no Brasil, cerca de 8 milhões de jovens entre 18 e 24 anos são empreendedores, segundo o Monitor de Empreendedorismo Global de 2024. Para o especialista em educação empresarial Leonardo Loureiro, o grande diferencial dessa geração é a sua relação natural com a tecnologia. “Os jovens da Geração Z cresceram em um ambiente digital e possuem uma facilidade muito maior para lidar com inovação. Eles veem a tecnologia não apenas como uma ferramenta, mas como um elemento central do modelo de negócio”, destaca Loureiro.
Outro fator que impulsiona essa revolução é a busca por impacto social. Uma pesquisa da Deloitte desse ano revelou que 73% dos indivíduos da Geração Z desejam carreiras alinhadas a um propósito significativo, evidenciando a importância de causar um impacto positivo na sociedade. Diferentemente de gerações anteriores, que priorizavam muitas vezes exclusivamente o lucro, os novos empreendedores estão construindo startups baseadas em propósito. Isso faz com que muitas startups surjam com modelos de negócio sustentáveis e alinhados com a responsabilidade social.
A rapidez na adaptação também é um diferencial competitivo. Segundo Leonardo, essa geração tem uma mentalidade ágil, que favorece a experimentação e a capacidade de mudar quando necessário. “A flexibilidade da Geração Z permite que eles testem novas ideias rapidamente e se ajustem conforme as necessidades do mercado. Essa é uma habilidade essencial no universo das startups, onde a inovação contínua é fundamental para o sucesso”, afirma.
No entanto, esse novo perfil de empreendedores também enfrenta desafios. Um dos principais é a necessidade de desenvolvimento em gestão empresarial. “Muitos jovens possuem ideias inovadoras, mas nem sempre têm o conhecimento necessário para administrar um negócio de forma eficiente. Questões como gestão financeira, planejamento estratégico e liderança de equipe são essenciais para garantir que a startup cresça de maneira sustentável. Por isso, investir em educação corporativa se torna um diferencial importante, ajudando esses empreendedores a transformar boas ideias em negócios sólidos e duradouros”, ressalta Leonardo.
Para que esse movimento continue crescendo, é fundamental que busquem capacitação e invistam no desenvolvimento de habilidades de gestão. Cursos e mentorias podem ajudar a preencher essa lacuna, proporcionando conhecimentos em finanças, planejamento estratégico e liderança. Além disso, o uso de ferramentas tecnológicas para automação de processos e a participação em redes de networking permitem que esses jovens aprendam com empreendedores mais experientes.
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