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Simples Nacional em risco? Reforma pode acelerar perda de contratos no B2B

Renata NunesPor Renata Nunes
03/09/2025

A Reforma Tributária, ao simplificar os tributos sobre consumo, também revela vulnerabilidades do Simples Nacional entre empresas que vendem para outras empresas (modelo B2B). Segundo o estudo “Raio-X do Simples Nacional em 2025”, do IBPT, Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, mais de 70% dos optantes não atuam no varejo, o que os torna sensíveis à nova lógica de créditos. Além disso, a transição para o IBS e a CBS, prevista para começar em 2026, altera incentivos e pode reordenar cadeias de fornecimento, elevando a necessidade de planejamento e reprecificação de contratos.

Nesse sentido, o ponto crítico está na mudança do cálculo de créditos: o crédito deixará de ser uma alíquota padrão sobre a nota (como os atuais 9,25% de PIS/Cofins) e passará a refletir o imposto efetivamente pago pelo prestador. Por outro lado, fornecedores no Lucro Real ou Presumido tendem a gerar créditos mais robustos para seus clientes. Enquanto isso, empresas enquadradas no Simples Nacional podem se tornar menos atraentes para grandes contratantes, pressionando margens e participação de mercado antes mesmo do fim da transição em 2033.

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Qual é o ponto de inflexão para o Simples Nacional?

O estudo do IBPT destaca que a combinação entre a equivalência do crédito ao imposto efetivamente pago e a segregação de IBS e CBS pode reduzir a vantagem competitiva do Simples Nacional no B2B. Em vez de um percentual fixo de crédito tomado pelo tomador, o benefício passará a depender da carga real suportada pelo fornecedor. Assim, cadeias que hoje se equilibram com micro e pequenas empresas podem reconfigurar-se para favorecer fornecedores que maximizem créditos aos compradores.

Setores com forte vocação B2B aparecem como os mais expostos: tecnologia e serviços digitais, confecções e logística/transporte de cargas. Além disso, empresas que vendem majoritariamente para indústrias, redes varejistas e grandes grupos podem enfrentar renegociações mais duras, pois seus clientes tendem a priorizar fornecedores que otimizem a compensação de tributos na etapa seguinte. Enquanto isso, atividades voltadas ao consumidor final, como restaurantes, salões de beleza e pequenos comércios, devem preservar boa parte das vantagens do regime simplificado.

  • Tecnologia e serviços digitais: ampla presença no Simples Nacional e carteira de clientes corporativos que demandam créditos.
  • Confecções: 84,6% fornecem para lojistas, com baixa venda direta ao consumidor, o que aumenta a sensibilidade à nova regra.
  • Logística e transporte de cargas: 62,3% estão no regime simplificado e atendem indústrias que priorizam geração de créditos mais altos.

Por que o crédito “pelo imposto pago” muda o jogo?

Hoje, a tomada de créditos de PIS/Cofins em 9,25% independe do regime do fornecedor, o que reduz a penalidade de contratar optantes do Simples Nacional. Com a Reforma, o crédito passa a refletir a carga efetiva. Nesse novo desenho, fornecedores com incidência “cheia” de IBS e CBS tendem a proporcionar créditos maiores aos clientes, tornando-se preferíveis em disputas por contratos, principalmente em cadeias industriais e varejistas de grande porte.

Segundo o IBPT, empresas desse modelo podem perder competitividade frente a fornecedores no Lucro Real/Presumido, pois não gerariam créditos suficientes para compensar alíquotas finais estimadas na casa de 28% para seus clientes. Além disso, o efeito pode ser antecipado por decisões de suprimentos que, prevendo a transição, acelerem trocas de fornecedores. Nesse sentido, a renegociação de prazos, preços e cláusulas de reajuste pode tornar-se rotina nos próximos ciclos fiscais.

Como pequenos negócios podem se adaptar?

A resposta envolve uma combinação de estratégia tributária, eficiência operacional e comunicação com clientes. Além disso, o estudo enfatiza a necessidade de orientação especializada para avaliar cenários e custos de reenquadramento. Por outro lado, nem toda empresa deve migrar de regime: a decisão depende de mix de clientes, margens, estrutura de custos e elasticidade de preço. Abaixo, caminhos práticos para mitigar riscos:

  1. Mapear a carteira B2B: identificar clientes mais sensíveis à geração de créditos e medir o impacto nas renovações.
  2. Simular cenários de regime: comparar permanência no Simples Nacional versus Lucro Presumido/Real, projetando margens e preços.
  3. Reprecificar com transparência: renegociar prazos e políticas comerciais, explicando a mudança de créditos aos clientes.
  4. Rever contratos: incluir cláusulas de transição, gatilhos de reajuste e métricas de serviço para preservar relacionamento.
  5. Ganhos operacionais: melhorar produtividade, logística e compras para compensar eventual perda de preço.
  6. Diferenciação: competir por qualidade, SLA e customização quando o preço ficar mais pressionado.
  7. Planejamento de caixa: preparar capital de giro para a fase de adaptação, reduzindo risco de ruptura.

O que muda para quem vende ao consumidor final?

Empresas com foco direto no consumidor final tendem a preservar as vantagens do modelo, pois seus clientes não dependem, em grande medida, de créditos tributários para fechar a conta. Nesse sentido, a lógica competitiva continua baseada em preço, experiência e serviço. Entretanto, mesmo nesses segmentos, a disciplina de custos e a revisão de contratos com fornecedores permanecem fundamentais durante a transição.

A Reforma Tributária não elimina o Simples Nacional, mas reposiciona seus incentivos nas cadeias B2B. Além disso, ao atrelar o crédito ao imposto efetivamente pago, a reforma induz compradores a buscar fornecedores que maximizem a compensação tributária. Nesse cenário, pequenos negócios que se anteciparem, mapeando riscos, simulando regimes e renegociando com método, tendem a proteger contratos e margens. Por outro lado, quem adiar decisões pode enfrentar perda de competitividade em um mercado que se reorganiza até 2033.

Simples Nacional em risco? Reforma pode acelerar perda de contratos no B2B

Reforma Tributária muda regra de créditos e desafia modelo do Simples Nacional. Foto: depositphotos.com / VadimVasenin

Tags: ECONOMIApublieditorial
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