O reajuste do salário mínimo no estado de São Paulo entrou em vigor no início de junho de 2025, trazendo mudanças importantes para milhares de trabalhadores. O novo valor, fixado em R$ 1.804, representa um aumento significativo em relação ao piso nacional, que atualmente está em R$ 1.518. Essa diferença de 18,8% impacta diretamente diversas categorias profissionais que não possuem acordos coletivos específicos para definir seus vencimentos.
O novo piso estadual abrange um total de 76 categorias, incluindo profissionais como trabalhadores domésticos, cuidadores, serventes, operadores de máquinas, vendedores, entre outros. A atualização foi sancionada após aprovação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), refletindo o compromisso do estado em garantir melhores condições salariais para segmentos que, muitas vezes, não contam com representação sindical forte.
Quem tem direito ao novo salário mínimo paulista?
O reajuste do salário mínimo paulista é direcionado a trabalhadores de setores que não possuem piso salarial definido por convenção ou acordo coletivo. Entre os beneficiados estão categorias como cuidadores de idosos, cuidadores de pessoas com deficiência, trabalhadores agropecuários, pescadores, serventes, contínuos, mensageiros, auxiliares de serviços gerais, entre outros. A medida também incluiu, por meio de emenda parlamentar, os cuidadores de pessoas com deficiência, ampliando o alcance da proteção salarial.
Esses profissionais, ao não terem um piso estabelecido por negociação coletiva, passam a ter como referência o valor determinado pelo governo estadual. Isso garante um patamar mínimo de remuneração, evitando que os salários fiquem defasados em relação ao custo de vida local, especialmente em um estado com grande diversidade econômica como São Paulo.
Quais categorias são contempladas pelo novo piso salarial?
O novo salário mínimo estadual abrange uma ampla gama de profissões. Entre elas, destacam-se:
- Trabalhadores domésticos
- Cuidadores de idosos e de pessoas com deficiência
- Serventes e auxiliares de serviços gerais
- Trabalhadores agropecuários e florestais
- Pescadores
- Mensageiros e contínuos
- Operadores de máquinas agrícolas, de construção civil e mineração
- Vendedores, garçons, barmen e atendentes
- Barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures
- Trabalhadores de costura, estofadores e pedreiros
- Operadores de telemarketing, telefonistas e digitadores
- Supervisores de produção, manutenção industrial e vendas
- Representantes comerciais e agentes técnicos em vendas
Essas categorias, entre outras, agora têm garantido o direito ao novo valor mínimo estadual, proporcionando maior segurança financeira e previsibilidade no orçamento familiar.

Como foi definido o novo salário mínimo em São Paulo?
A definição do novo piso salarial paulista ocorreu após debates e votações na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O projeto foi aprovado em maio de 2025, durante sessões extraordinárias, e posteriormente sancionado pelo governo estadual. O objetivo principal foi ajustar o valor do salário mínimo estadual para acompanhar a inflação e as necessidades econômicas dos trabalhadores, além de promover a valorização profissional de segmentos que não contam com negociações coletivas frequentes.
Além do reajuste, a legislação buscou ampliar o número de categorias contempladas, incluindo profissionais que antes não eram beneficiados, como os cuidadores de pessoas com deficiência. Essa ampliação foi resultado de emendas apresentadas por parlamentares preocupados com a inclusão e a proteção de grupos vulneráveis no mercado de trabalho.
Quais os impactos do novo salário mínimo paulista para os trabalhadores?
O aumento do salário mínimo estadual traz consequências diretas para o poder de compra dos trabalhadores e para a economia local. Com um piso mais elevado, há uma tendência de melhoria nas condições de vida dos profissionais contemplados, especialmente em setores onde os salários costumavam ser mais baixos. Além disso, o reajuste pode influenciar negociações futuras em outras categorias e servir de referência para estados vizinhos.
Empregadores que contratam profissionais dessas categorias precisam se adequar ao novo valor, ajustando folhas de pagamento e contratos. Por outro lado, trabalhadores passam a ter maior previsibilidade em relação à remuneração, o que pode contribuir para o planejamento financeiro e a redução da informalidade.
O novo salário mínimo paulista representa, portanto, uma medida relevante para a valorização do trabalho e para a promoção de maior justiça social no estado. A expectativa é que o reajuste contribua para o fortalecimento do mercado interno e para a redução das desigualdades salariais, beneficiando milhares de famílias em São Paulo.